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Saúde

Casos de chikungunya em Minas Gerais sobem 3.251%


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Fanny Elen
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Publicado em: 10/05/2017 - 00:00

A doença ainda não foi registrada em Lafaiete, mas já entra no radar para prevenção. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a chikungunya teve um aumento de mais de 3.251%, se comparado aos primeiros quatro meses de 2016. Foram 298 casos nos primeiros quatro meses de 2016, contra 9.986 casos no mesmo período, este ano. Causada pelo vírus Aedes aegypti, a chikungunya é uma doença viral, que na fase aguda apresenta sintomas como febre alta, dor muscular, exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Em Minas Gerais, a circulação dentro do próprio território (autóctone) desse vírus acontece desde 2015. Por isso, as ações de enfrentamento, controle e prevenção são muito importantes para evitar qualquer uma das doenças causadas pelo Aedes.

Para o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES, Rodrigo Said, o aumento no número de casos pode ser explicado por diversos fatores. Um deles é transmissão da doença pelo vetor Aedes aegypti. "Hoje, em nosso estado, temos todas as condições ambientais, econômicas, sociais e culturais para apresentar alto padrão de circulação e alta densidade. Outro fato é que estamos falando de um vírus que foi recentemente introduzido em nosso estado, com a sua circulação autóctone identificada em 2015 e, dessa maneira, ele nunca circulou anteriormente. Assim, não temos proteção em nosso organismo, ou seja, proteção imunológica", argumenta.

Histórico

A primeira epidemia documentada dessa doença aconteceu no leste da África, entre 1952 e 1953. Uma curiosidade sobre a doença é chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, que se refere à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos nessa primeira epidemia. "Ao avaliar os dados históricos das doenças do Aedes em Minas ? principalmente da dengue, que tem um padrão de circulação há mais tempo em nosso estado, temos transmissão em todos os meses do ano. Ela tem um padrão de circulação endêmica e esse cenário pode se repetir para e zika e chikungunya", explica Said.      

O subsecretário destaca, ainda, que os ovos dos mosquitos podem sobreviver em um ambiente por mais de 360 dias sem contato com a água. "O mosquito encontra um criadouro e deposita seus ovos para quando chegar no período chuvoso. Nor­mal­men­te, no fim do ano os ovos eclodem e aí se completa esse ciclo a partir do contato com a água. 90% dos focos são intradomicialiares, ou seja, dentro das casas das pessoas. Por isso, essa ação dentro das residências tem que ser permanente independente da variação climática".

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