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Psicóloga alerta sobre a importância da leitura na educação infantil


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Edmilson Dutra
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Publicado em: 24/05/2018 - 00:00

Na atualidade, em meio a tantas tecnologias, há os que pensam que livro é coisa do passado. Quem sabe o poder que tem uma história bem contada, os benefícios que ela poderá proporcionar, com certeza dirá que não existem tecnologias que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e, por meio delas, descobrir um universo de encantamento. Utilizar a literatura requer dos pais e dos educadores muita sensibilidade para ser primeiramente afetado e, posteriormente, afetar o outro, no universo de sentidos e de significados.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu artigo 29, a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família. A educação infantil, necessariamente, ao produzir espaço de ensino-aprendizagem, deve sempre estar preocupada em reproduzir momentos de prazer, de lazer, de construção do lúdico.

Para a psicóloga Renata Dias, criança saudável é criança que brinca. E o livro poderá ser introduzido como um brinquedo facilitador para as primeiras aquisições da criança. "Por meio da literatura, a criança desenvolverá a imaginação, compreenderá suas emoções, seus sentimentos, e com isso, desenvolverá capacidade de expressar melhor suas ideias", afirma, acrescentando que a escola para as crianças pequenas não deve ser entendida como um espaço onde os pais, para trabalharem, deixam seus filhos para serem cuidados. Renata explica que o educandário deve ser entendido como um espaço de aprendizado no qual, por meio de brincadeiras, acontecerá o desenvolvimento global da criança. "Ingressar na vida escolar desde cedo favorece as relações sociais, um processo permanente de troca mútua de sentimentos, de experiências e de conhecimentos", completa.

Importância do incentivo a leitura

É necessário incentivar a criança à leitura para que ela se desenvolva como um cidadão crítico, que saiba ler e interpretar, libertando-se do analfabetismo funcional. Pesquisas, que avaliam o grau de alfabetização no Brasil, evidenciam uma preocupante realidade: uma grande parte da população brasileira, que sabe ler e decodificar letras, mal sabe escrever, apresenta severas dificuldades em organizar as ideias na forma escrita, não conseguindo avançar para além do texto, não realizando uma interpretação crítica e de forma reflexiva. Essa realidade pode ser transformada a partir do momento que cada pai/educador estimular a criança para o universo da leitura, criando rotinas de leitura em casa, mesmo que seja uma hora antes de dormir.

É por meio dessa rotina, estimulada de forma espontânea e criativa, que a criança poderá adquirir o hábito da leitura. "Uma atitude de não transformação, de empurrar as possibilidades de mudanças deste contexto para o outro, para a escola ou para o poder público, afastará, para mais distante, a possibilidade de alterar essa realidade do analfabetismo funcional. Entre as atitudes de mudanças possíveis, sugiro aos pais dedicar algumas horas, com carinho e paciência, para conversar e contar estórias para as crianças. E se a criança já cresceu, a dica é um estreitamento de laços, uma aproximação, para conversar sobre seus interesses e oferecer livros, que possam auxiliar em suas descobertas", comenta a psicóloga.

 

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