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Cons. Lafaiete

Mais um árbitro foi agredido


Divulgação



Publicado em: 30/04/2012 - 14:05

Entrevistado, além de demonstrar sua indignação, Claudionei deu um parecer técnico para os casos em evidência.
Perguntado o que se deve fazer para coibir a violência, Nunes respondeu: “O Estatuto do Torcedor deve ser aplicado no futebol profissional, no amador e no infantil, em todo o território nacional e a Liga de Lafaiete não pode ficar condescendente com esses casos de violência. É necessário que se aplique a lei com todo o rigor.
Esse desrespeito, essa agressividade do jogador contra os árbitros, vem da falta de punição. Se a lei  já tivesse sido aplicada, certamente não teríamos tantas repetições. Muitas vezes, o presidente vai para campo dizer que o juiz é isso, que o juiz é aquilo, ele sim está incentivando os demais. Temos que punir o atleta sim, mas temos que punir também o dirigente que não coíbe a violência. O clube que não provar que não contribuiu para aquela situação também dever ser punido. Só assim poderemos ter a diminuição da violência, ou então, o presidente tem que provar que está tomando providências reais para se evitar tais situações.
Na Inglaterra, enquanto não se puniu os holligans, a situação não melhorou. Foi assim que a Europa conseguiu diminuir as agressões no futebol.

O árbitro ou qualquer pessoa que sofrer agressão deve fazer o Boletim de Ocorrência?
“Toda agressão é crime. Tem que ser feito o Boletim de Ocorrência e a representação. É fundamental saber que você vai responder criminalmente. Eu fiz um júri recentemente em Carandaí onde, numa briga, uma pessoa deu um soco na outra e levou 12 anos de cadeia. Imagine se um árbitro agredido a socos, pontapés e chutes venha a desfalecer ou ter problemas de saúde por esta agressão? Por uma pequena agressão ou tentativa você pode responder por homicídio ou tentativa de homicídio. As penas são severas e enquanto os agredidos não mantiverem as acusações a situação é de risco para todos.
Tem 20 anos que eu escuto essa história de violência no futebol de Lafaiete. Isso tem que ser levado ao Poder Judiciário e o Judiciário tem que começar a agir e impedir que estas pessoas compareçam a campo e se apresentem às delegacias na hora dos jogos. Isso é falta de civilidade. Pessoas que agridem árbitros, que agridem dirigentes, que agridem a imprensa têm que ser banidas e não farão nenhuma falta ao desporto. Pelo contrário: outras pessoas mais equilibradas passarão a fazer parte do futebol. O esporte é alegria, é lazer, é saúde. Não deve haver espaço para essas pessoas; só para pessoas de bem”, finalizou Claudionei, que apresenta o programa “Direito Cidadão”, todas as terças e quintas-feiras, às 10h, na Rádio Cidade 98 FM.
Os casos de agressões a árbitros, dirigentes e membros da imprensa em Lafaiete já acontecem há alguns anos e poucas punições, via o Poder Judiciário, foram aplicadas devido a falta de representações ou pelas retiradas das queixas. Nas últimas rodadas da Taça Vermetal, o excesso de violência e agressões levaram a diretoria técnica da Liga a punir alguns atletas com a exclusão da atual competição e da edição do ano que vem. Sô Zé, do Flamengo; Samuel Heleno, do Jeceaba; Pedro Henrique, do Ferroviário foram punidos com esta eliminação
Já no domingo, dia 22, de acordo com os documentos da partida, foram citados na súmula e num Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, sediada em Capela Nova, os zagueiros Juliano Chuchu e Jeferson de Paula, o volante Eder Dinho e o atacante Isaque Daniel, além de Onésimo Josino, o Belô, que assinou como técnico da equipe do Mineiro, o agrediram depois da marcação do segundo gol, de falta, pelo Fluminense, aos 48 minutos - um minuto antes do tempo mostrado como acréscimos no segundo tempo da partida.
Todos os atletas e o dirigente foram eliminados da disputa da próxima Taça Vermetal, conforme comunicado em nota oficial ao Mineiro e o clube foi punido com a multa de R$500. (Amauri Machado)


 

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