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Gravidez é mais complicada aos quarenta


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Publicado em: 16/06/2010 - 17:35

Entretanto, é importante alertar estas mulheres sobre as consequências desta decisão:  de acordo com a médica gineco-obstetra Fernanda Papatella Pereira Grochowski, a idade pode afetar a capacidade de conceber: “A idade ideal para uma gestação, considerando-se os aspectos fisiológicos da mulher, seria até os 30 anos. O motivo principal é que a prevalência de infertilidade aumenta com a idade assim como os riscos da própria gestação. Enquanto a taxa mensal de gravidez é de cerca de 35% até os 30 anos, ela chega a 10% aos 40 anos. A gravidez precoce (em menores de 16 anos) também é um fator de risco”, afirma.

Segundo a especialista, as mulheres já nascem com o número de óvulos que produzirão em sua vida definido, o que não acontece com os homens, que tem uma produção de espermatozoides contínua. Assim, os óvulos também envelhecem e sua qualidade cai, além de sua quantidade cair também. “Nesta faixa etária também há um aumento do risco de complicações, como parto prematuro, pré-eclampsia, diabetes, abortamento e um aumento dos riscos do bebê apresentar problemas genéticos e cromossômicos como, por exemplo, a Síndrome de Down”, pondera Fernanda Papatella.

 Planejando a gestação – Conforme frisa a especialista, na atualidade, a maioria das mulheres tem sua primeira gestação em torno de 28 – 30 anos. O principal fator foi a mudança do papel da figura feminina na sociedade, iniciada nas décadas de 50 e 60. Na atualidade, a mulher está ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, o que exige tempo e dedicação, levando ao adiamento da decisão de ter filhos para depois da estabilidade profissional. Isso gera a necessidade de se planejar a gestação, para garantir mais segurança para a criança e para a gestante.

Como é considerada uma gravidez com risco aumentado, o acompanhamento deverá ser feito com mais rigor: “O objetivo é controlar e detectar, de forma precoce, variáveis que podem complicar, como pressão arterial, taxa de glicose, avaliação da tireoide, avaliação do colo uterino além dos exames disponíveis para rastreamento de doenças cromossômicas e, se necessário indicação até de exames mais invasivos para estudo do feto.

Atualmente, já é possível se fazer uma avaliação da função ovariana através de dosagens hormonais. No entanto, essas dosagens não podem dar garantia por longo prazo: “O ideal é conversar diretamente com seu ginecologista, pois cada caso é individualizado”, ressalta.  Fernanda Papatella também alerta para a possibilidade de tratamento, no caso de dificuldades para ngravidar: “Hoje é possível realizar a indução de ovulação com medicamentos, inseminação artificial (coloca-se os espermatozoides no útero), fertilização in vitro (retira-se os óvulos e os espermatozoides e a fertilização é feita no laboratório. Depois é feita a colocação do embrião no útero). Também existe a possibilidade de ser feito o congelamento de óvulos em uma idade mais jovem para serem usados posteriormente”, detalha a ginecologista e obstetra Fernanda Papatella.

E se você já sabe que os planos para a gestação vão ficar mesmo para um futuro não muito próximo, o ideal é se preparar:  “O principal cuidado é fazer um pré-natal adequado. Alimentação correta, atividade física e controle de doenças preexistentes também são fundamentais. O mais prudente é ter um bom controle de sua saúde desde a adolescência, não deixando de lado o controle ginecológico regular. Apesar das ponderações feitas, temos que levar em conta o principal que é o desejo da mulher de ser mãe e, na medida do possível, respeitar o momento de cada uma. O ideal seria orientar-se com um profissional adequado para que se faça um controle pré-concepcional adequado”, finalizou.

 

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