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Alunos das escolas estaduais de Minas melhoram desempenho em Português e Matemática
Divulgação
Publicado em: 23/04/2013 - 18:23
O Proeb testa os conhecimentos dos alunos da educação básica ao final de cada etapa de ensino: no 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio. Todos os alunos são avaliados e classificados em três padrões de desempenho - baixo, intermediário e recomendável - em Português e em Matemática.
No 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, 60% dos estudantes da rede estadual alcançaram o padrão recomendável para Matemática, crescimento de 2,9 pontos percentuais em relação a 2011. Em Português, o percentual de estudantes no padrão recomendável foi de 45,6%, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
No 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio a proficiência média também cresceu em ambas as disciplinas. Em Matemática, o avanço foi de 3,3 pontos no 9º ano do Ensino Fundamental e 0,5 pontos no 3º ano do Ensino Médio. Já em Língua Portuguesa, o avanço foi maior no Ensino Médio. A proficiência cresceu 2,5 pontos, enquanto no 9º ano o crescimento foi de 0,6.
Participação
Além dos avanços observados no crescimento da proficiência em Português e Matemática, o último Proeb apontou crescimento também nos índices de participação dos estudantes, que alcançaram mais de 80% nos três níveis avaliados. O 5º ano, por exemplo, registrou participação de 94,3% dos estudantes, um índice recorde na avaliação. No 9º ano a participação foi de 88,8% e no 3º ano, foi de 83,7%.
De acordo com a subsecretária de Tecnologias Educacionais, Sônia Andere, os altos percentuais de participação dos estudantes validam, ainda mais, a importância dos resultados obtidos em relação à proficiência.
“O Proeb avalia anualmente e de forma censitária os alunos. Um percentual de participação acima de 80% é muito expressivo e demonstra que o resultado reflete a realidade das escolas, servindo de parâmetro para construir ações para continuarmos avançando”, explica.
Qualidade confirmada
O bom desempenho dos estudantes de Minas Gerais é comprovado não só pela avaliação educacional feita no âmbito do Estado, mas por avaliações do governo federal. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado pelo Ministério da Educação (MEC), comprova que desde 2009 Minas Gerais tem a melhor educação básica do país nos anos iniciais. Nesse nível, o Ideb avalia os estudantes no 5º ano do ensino fundamental, que encerra os anos iniciais.
Em 2009, os estudantes da rede estadual obtiveram um Ideb de 5,8, deixando Minas como a melhor rede estadual do país nessa etapa do ensino. Na avaliação seguinte do Ideb, relativa a 2011, o Ideb da rede estadual melhorou ainda mais, chegando a 6,0. A rede estadual mineira foi a primeira do país a atingir esse índice, que é considerado pelo Ministério da Educação como referência em países desenvolvidos, sobretudo daqueles que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“O desafio agora é conseguir elevar os patamares de avanço, alcançando, por exemplo, níveis acima do recomendado. As próximas avaliações devem demonstrar os primeiros frutos dos projetos gestados a partir de 2011 em níveis de ensino nos quais o espaço para crescimento é maior”, explica Sônia Andere.
Projetos
Em 2012, a Secretaria de Estado de Educação estendeu o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) aos anos finais do ensino fundamental. Atualmente, uma equipe de mais de dois mil profissionais de todas as disciplinas abordadas nessa etapa da educação faz o acompanhamento das escolas, monitora as avaliações educacionais e, a partir dos resultados, elabora ações específicas para qualificar o projeto pedagógico das escolas, sobretudo daquelas que necessitam de maior atenção.
Criado em 2007, o PIP atuou até 2011 nos anos iniciais do ensino fundamental, com o objetivo de garantir que toda criança estivesse, até o final do 3º ano do ensino fundamental, plenamente alfabetizado, dominando as habilidades de ler, escrever, interpretar e fazer síntese. Nessa etapa de ensino, a iniciativa deu certo. Em sete anos — de 2006 a 2012 — o conhecimento em Língua Portuguesa dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da rede estadual de ensino praticamente dobrou. Passou de 48,65% em 2006 para 87,30% em 2012 de acordo com dados de outra avaliação aplicada pelo Governo de Minas, o Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa).
O compromisso do Governo de Minas, contudo, não é apenas com a alfabetização dos alunos das escolas estaduais até o fim do 3º ano do ensino fundamental e sim com todos os estudantes do Estado. Por isso, a metodologia do PIP foi oferecida, em 2013, às prefeituras municipais mineiras e a adesão foi de 100%. Com isso, o PIP chegou a 850 cidades mineiras que possuem sistema de ensino para os anos iniciais do ensino fundamental em suas redes municipais — uma vez em três cidades só a rede estadual oferece os três primeiros anos.
Para o Ensino Médio, a Secretaria de Estado de Educação criou, em 2012, o programa Reinventando o Ensino Médio. O programa tem entre seus objetivos tornar o currículo mais completo e atrativo, além de gerar competências e habilidades focadas na empregabilidade. Foram criadas disciplinas ligadas a áreas de empregabilidade — tais como Turismo e Comunicação Aplicada, entre outras — por meio das quais os estudantes têm um primeiro contato com o mundo do trabalho.
O Reinventando o Ensino Médio começou como piloto em 11 escolas estaduais da região norte de Belo Horizonte. Este ano, o projeto foi ampliado para mais 122 escolas e atinge a 133 escolas da rede estadual de ensino. Em 2014, ele será universalizado atingindo as mais de 2,1 mil escolas da rede estadual que ofertam o ensino médio.