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Repercussão do Ideb: escolas apresentam boas iniciativas
Divulgação
Publicado em: 19/07/2010 - 19:02
O diretor da escola, o biólogo Tarcísio Policarpo Correia, comemorou o resultado: “A escola Meridional é muito tradicional em Lafaiete. O método de ensino e a equipe são bons; a comunidade está sempre presente, e apoia a escola. Tudo isso contribui para o sucesso na educação. Temos salas de, no máximo, 25, 30 alunos”, afirmou. O docente citou algumas iniciativas, como as reuniões pedagógicas, pequenas oficinas e projetos educativos: “Tudo isso contribuiu para o bom resultado. Também temos um projeto de recuperação permanente. De agora em diante, pretendemos implantar outros projetos e manter aqueles que estão dando certo”, declarou. Segundo Tarcísio, o Meridional é uma das escolas mais antigas da cidade, com 95 anos: “Estamos atrás apenas do Nazaré e do Domingos Bebiano”, lembrou.
Professora de matemática (6º ao 9º ano), atuando há seis anos no Meridional, Sônia Carvalho Magalhães destacou a união da equipe e os bons projetos em andamento: “Priorizamos a socialização dos alunos, para que saiam daqui preparados para a vida mesmo. Isso, com certeza, contribuiu para o bom resultado. Na minha área de atuação, realizo uma feira de matemática que é bastante produtiva; repassamos provinhas do Simave e do Ideb para os estudantes; eles fazem a olimpíada de matemática. Tudo isso ajuda no desempenho dos alunos; sem falar nos exercícios de fixação”, enumera.
Ana Beatriz Rezende Costa, estudante do 7º ano, está na escola Meridional desde o 1º período: “Os professores nos ensinam bem e todas as dúvidas são sanadas. Quem tem mais dificuldade também recebe mais atenção. Nunca perdi média”, ressalta.
Outra escola bem colocada no Ideb, em Lafaiete, foi a escola municipal Professor Doriol Beato, que ficou em 1º lugar na rede pública municipal até o 5º ano, com 7.0. O crescimento foi notório, visto que, em 2007, a pontuação foi de 6,2. A escola ficou em segundo lugar do 6º ao 9º ano, com 5.5 pontos (neste caso, em relação a 2007, a escola caiu, porque tinha 6.2 pontos). A diretora Teresinha Barbosa de Assis que ficou afastada por quatro anos, retornou em 2009. Segundo ela, um dos principais objetivos é fazer com que os alunos tenham a compreensão de que vale a pena estudar, que o conhecimento nos faz melhores: “Nessa missão, contamos com a participação de professores excelentes, que comungam do mesmo sonho e do mesmo ideal. Em relação ao Ideb, houve um crescimento notável nas turmas até o 5º ano. Na etapa seguinte, a pontuação cai, quando existem evasões e reprovações, mas, mesmo assim, houve um resultado satisfatório, formando cidadãos responsáveis e cada vez melhores”, afirmou.
A professora Laise Lúcia de Faria leciona no Doriol Beato e destaca o ensino da escola: “Procuramos aliar várias atividades, como desafios de conhecimento, leituras e olimpíadas. Os bons índices no Ideb foram resultado desses esforços”, cita. Aluno do 6º ano, Gabriel Alencar destaca os trabalhos de recuperação e as atividades de reforço: “Sempre consigo absorver as informações que os professores passam. O ensino aqui é muito bom. Já cheguei a repetir um ano, mas foi por falta de dedicação da minha parte”, revelou.
Na escola estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o índice foi de 6.8, até o 5º ano. Houve um salto de 2007, quando a pontuação era de 5.5. Com isso, a escola obteve o primeiro lugar na rede pública estadual, em Lafaiete. Diretora do educandário há 11 anos, Maria das Graças de Souza Ferreira Almeida declarou: “Priorizamos o aluno. Não trabalhamos como se todos fossem iguais. Partimos daquilo que a criança sabe e continuamos. O que faz a diferença aqui, com certeza, é o atendimento fora de sala, com os professores, diretora, supervisora; todos buscando sanar a dificuldade do aluno. Na área de português, por exemplo, trabalhamos com todo tipo de texto, como folhetos, panfletos, anúncios, convites; tudo isso que está dentro da realidade do estudante. O crescimento da escola é fruto de um trabalho constante, desde a base até os anos seguintes”, explica.
Letícia Maria Ribeiro Campos, aluna do 5º ano, estuda no Castelo Branco há três anos: “Gosto muito daqui; o ensino é muito bom. Consigo aprender tudo que os professores ensinam”. Outro aluno do 5º ano, Gabriel Meireles do Nascimento está na escola há cinco anos: “Nunca tive problemas em aprender, mas sempre que surgem dúvidas, os professores auxiliam”, resume.
Segundo Irani Cristina Ferreira Amaral, professora há 19 anos, o trabalho individualizado dá resultado: “Não damos uma aula para todos do mesmo jeito. Trabalhamos com muita leitura, interpretação de texto, problemas, gráficos, tabelas. Foi através desse método que a escola se destacou no Ideb”, considera.
Na região, o destaque vai para Lamim que obteve 6.3 pontos no Ideb referente às turmas do 1º ao 5º ano, do ensino fundamental. O crescimento foi relevante visto que, em 2007, a média foi de 4.3. A equipe da escola estadual Napoleão Reis, através do diretor Humberto Nogueira, comemora o resultado e afirma que é consequência de um trabalho fundamentado. “Cada funcionário busca a melhoria de seu desempenho em sala de aula, o qual é acompanhado pelas especialistas e direção. O trabalho pedagógico da instituição é organizado, bimestralmente, em reuniões. Os conteúdos a serem estudados são repassados para toda a comunidade escolar (pais, alunos, funcionários). Os professores são responsáveis pelo desenvolvimento destas matérias sendo orientados pelo apoio pedagógico”, explica.
Humberto Nogueira ressalta que a escola tem educação especial, escola de tempo integral como suporte essencial para o aprendizado em sala de aula, em curso normal. “Nossa instituição possui como qualidade fundamental a vontade de trabalhar. É essencial ter funcionários que estão prontos para ensinar. O diretor e vice-diretores acompanham todo o processo buscando as múltiplas possibilidades de crescimento. Também possuímos livros didáticos de qualidade para todas as turmas e uma máquina de xerox que atende a todos os professores e alunos, gratuitamente”, frisa.
Ainda de acordo com o diretor, a melhora no ensino se deu através de reuniões e de um diálogo aberto. “Por ser a única escola de nossa cidade, é a responsável pelo futuro de nossos cidadãos. É muito bom comandar com dinamismo, mostrando resultados vitoriosos. Este Ideb de 2010 é de responsabilidade de cada componente de nossa comunidade que quer ver um ensino público de qualidade”, finaliza.
A professora Irani: “O trabalho individualizado dá resultado”
A diretora do Castelo Branco, Maria das Graças: “Priorizamos o aluno”
Os alunos do 5º ano, Letícia Maria e Gabriel Meireles
A diretora do Doriol, Teresinha Assis: “Vale a pena estudar”
A professora Laise e o aluno do 6º ano, Gabriel Solva Alencar
Alunos da escola Meridional; satisfação em estudar
A professora Sônia Carvalho destacou a união da equipe
O diretor do Meridional, Tarcísio: “A comunidade apóia a escola”