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Instituto Santé abraça campanha de prevenção do câncer colorretal


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Fanny Elen
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Publicado em: 10/03/2016 - 00:00

Março é o mês global de conscientização contra o câncer colorretal. Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, o Instituto Santé abraça a campanha para conscientização, apresentando informações sobre prevenção, sinais e sintomas que merecem atenção, diagnóstico e tratamento.

Também conhecida como câncer do intestino grosso ou câncer de cólon e de reto, a doença é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as mulheres e o terceiro entre os homens, sendo mais frequente entre 50 e 70 anos. No Brasil, a alta prevalência da doença é alarmante.

De acordo com a farmacêutica Ana Paula Belchior Pereira de Melo (foto), que integra a equipe do Instituto Santé e é especialista em oncologia, se detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos é plenamente tratável e curável tendo ótima resposta aos tratamentos disponíveis. "Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos", afirma. Segundo fonte do Instituto Nacional do Câncer, a estimativa para novos casos desse tipo de doença em 2016 é de 34.280, sendo 16.660 homes e 17.620 mulheres.

O foco do trabalho de prevenção do Instituto Santé gira em torno de uma dieta rica de vegetais e laticínios e pobre em gordura, além da prática regular de atividade física. Segundo Ana Paula, deve-se evitar o consumo exagerado de carne vermelha. Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, além de obesidade e sedentarismo.

Ana Paula orienta que pessoas com mais de 50 anos de idade, quando a incidência da doença aumenta, podem consultar um coloproctologista (médico especialista nas doenças de intestino, reto e ânus) para determinar o risco de desenvolver câncer colorretal.

Segundo a campanha do Instituto Santé, a observação dos seguintes sinais é extremamente importante para que o tratamento seja um sucesso, são eles: presença de sangue nas fezes, sangramento anal seja em pequena ou grande quantidade, dificuldade ao evacuar, dor ou cólica abdominal sem motivo específico, ardência ou coceira anal, diarreia de longa data, histórico de câncer colorretal na família. "Esse tipo de câncer é facilmente detectado por dois exames principais: sangue oculto nas fezes e colonoscopia e para fechar o diagnóstico, é necessária biopsia feita através de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio) onde há a retirada de um fragmento de tecido da lesão suspeita",  acrescenta Ana Paula.

Os tratamentos variam desde cirurgia até quimioterapia e radioterapia. A cirurgia é o tratamento inicial, em que é feita retirada da parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos próximos à região. Em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é utilizada para diminuir a possibilidade de volta do tumor.

Vale lembrar, conforme Ana Paula, que nenhum tratamento é igual ao outro e as variações dependem principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. "Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas não apenas nos tumores colorretais mas em todos os outros", adverte.

Portanto, se você observou algum desses sinais ou tem histórico de parentes, é importante o acompanhamento com um médico e os exames devem ser feitos periodicamente. Investir em prevenção nunca sai de moda.

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