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Nem tudo são flores


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Natália Coelho
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Publicado em: 08/03/2023 - 07:20

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Oficializado pela ONU em 1977, no dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher.  Essa data histórica, merece ser relembrada por meio de dois fatos. O primeiro deles tem origem nos Estados Unidos, na cidade de Nova York. Em 1911, a fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, foi alvo de um grande incêndio deixando como vítimas fatais 123 mulheres. Anos depois, em 1917, na Rússia Czarista, a entrada do país na Primeira Grande Guerra, causou revolta na população feminina. O ápice desse evento ocorre com o racionamento do pão à classe trabalhadora gerando uma série de protestos na cidade de São Petersburgo.

Desde então a luta por direitos igualitários é intensa. No Brasil, segundo o TSE, no ano de 2018, o reconhecimento político feminino teve um acréscimo de 51% sendo que 77 mulheres foram eleitas para a Câmara de Deputados. Em relação ao ano de 2014, 161 delas ocuparam as cadeiras nas Assembleias Legislativas, um total de 41,2%. Por outro lado, a intolerância e o discurso misógino na política só cresce culminando com o assassinato, em 14 de março de 2018, da vereadora Marielle Franco.

A violência contra a mulher no país é um dado alarmante e a agressão doméstica é algo que deve ser constantemente lembrada e penalizada por meio da Lei Maria da Penha, que tem como função coibir tais atos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça entre 2016 e 2021 os casos aumentaram em 45% fazendo com que as medidas protetivas acompanhassem esses dados, subindo para 71%.

Diante dos fatos, MG ocupa o primeiro lugar de violência doméstica. Segundo a PM o número de vítimas saltou de 155 para 163 em 2022. Medidas como Disque Denúncia 181, 190 e 197 são exercidas pelo governo além de casas de acolhimento com apoio psicológico. É necessário que as vítimas façam uso constante dos serviços. Já dizia a historiadora Laurel Thatcher Ulrich: “mulheres comportadas raramente fazem história”.

Por: Warlen Guerra Freitas – Historiador e Cientista Político

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