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Saiba que bairros mais registraram casos de dengue em Lafaiete no ano de 2023


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Natália Coelho
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Publicado em: 23/03/2023 - 19:20

 

Depois de um 2022 tenso na área da saúde, com mortes por Covid-19 e mais de 3 mil casos suspeitos de dengue em Lafaiete, 2023 caminha para uma situação menos tensa nesse aspecto. De acordo com dados da gerência de Vigilância Epidemiológica, até o dia 7 de março, a cidade já havia notificado 120 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. 15 deles foram confirmados (12,5%). O volume de registros é maior nos bairros JK, Arcádia, Morro da Mina, São João, Santa Matilde, Sion, Santa Maria, São Dimas e São Sebastião. Nos outras também foram registrados, porém, em menor quantidade. “A dengue é uma doença endêmica em nosso município. Por isso, é esperado que ocorram casos durante todo o ano e um aumento destes no período quente e chuvoso”, explica o gerente de Vigilância Epidemiológica, Especialista em Gestão em Saúde, em Epidemiologia e Profissionais de Saúde e em Saúde Pública, Diogo Dias Silva.

A doença geralmente apresenta aumento do número de casos a cada 2 anos, como mostram as estatísticas fornecidas pelo setor. Em 2016, 2.864 casos suspeitos foram notificados na cidade. Nos dois anos seguintes, 2017 e 2018, houve uma queda mais que considerável nos registros, com 74 e 98 notificações, sucessivamente. Em 2019, a cidade reacendeu o seu alerta ao somar 1095 casos suspeitos. Em 2020, foram 323 casos suspeitos e em 2021, 128. Então veio 2022 e 3.136 atendimentos culminaram em suspeita de dengue. Uma pessoa morreu, outra ficou em estado grave. Ainda foram registrados 33 casos com sinais de alarme. Caso a sequência se repita, a expectativa é de um 2023 mais tranquilo, o que exime ninguém de manter o alerta e os cuidados para a prevenção – nem mesmo o setor de Controle de Endemias:

“O setor de controle de endemias continua trabalhando nas ações de prevenção e combate as arboviroses causadas pelo Aedes aegypti. É preciso que a população colabore autorizando a entrada dos agentes de combate às endemias (ACE) em suas residências para verificar e orientar sobre possíveis focos. As visitas domiciliares são de grande importância para o combate ao vetor. E a população também pode ajudar evitando o acúmulo de água sem armazenamento adequado o qual pode ser um ambiente propício para a proliferação do mosquito, e não descartando lixo em lotes e terrenos baldios”, orienta Diogo Dias Silva.

O trabalho segue sendo realizado pela equipe, que monitora a infestação. O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2023 obteve índice de 0,1 %. Conforme pontua o gerente de Vigilância Epidemiológica, o valor atende de forma satisfatória ao preconizado pelo Ministério da Saúde, reforçando a eficácia do trabalho de prevenção por meio do tratamento focal e ações de bloqueio do fumacê. Mas, ainda assim, foram encontrados focos do mosquito vetor, o que comprova a necessidade de mais cuidado por parte da população: “A incidência maior foi observada nos bairros Campo Alegre e São Marcos, sendo encontrados focos em uma casa, um estacionamento e um terreno baldio”, detalha. Confira os números mais recentes.

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