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Muito prevalente na população brasileira e no mundo, insônia se associa a risco maior de ataque cardíaco


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Natália Coelho
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Publicado em: 28/04/2023 - 20:20

 

Dormir bem é uma das condições essenciais para se ter uma saúde de qualidade e um bom funcionamento do organismo, e isso não é nenhuma novidade. Nos aspectos físico e mental, ter uma noite de sono satisfatória faz parte dos requisitos para manter a qualidade de vida no dia a dia e, inclusive, evitar problemas metabólicos e cardiovasculares.

Neste contexto, já virou consenso na comunidade médica que distúrbios do sono, como a insônia, podem ser extremamente prejudiciais para o coração e o cérebro, sendo responsáveis por causar déficits cognitivos e doenças psiquiátricas, além de outros problemas relacionados a acidentes e abstenções no trabalho das pessoas.

Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Outro distúrbio recorrente é a apneia obstrutiva do sono. A Fundação Nacional do Sono — organização não-governamental dos Estados Unidos — estima que cerca de 60% da população mundial tenha algum grau de insônia.

Muita gente que ouve dizer que não dormir bem faz mal para a saúde não entende direito o porquê disso. Especialistas afirmam que a privação do sono pode causar diversos malefícios para o corpo, entre eles o cansaço, a falha de memória e atenção, a queda de imunidade, a hipertensão e a depressão, por exemplo.

Além disso, uma série de estudos, com resultados publicados na revista científica Clinical Cardiology e apresentados no Congresso Americano de Cardiologia (ACC), mostra que as pessoas que dormem cinco horas ou menos por noite têm uma chance 69% maior de ter um infarto do que as que dormem mais.

Os estudos observacionais, publicados de 1998 a 2019, concluíram que existe uma associação entre a insônia e o infarto do miocárdio. Em mulheres, a propensão a ter um ataque cardíaco, a partir do mesmo problema, é ainda maior, sobretudo as que tiveram alguma forma de doença isquêmica no coração, de acordo com o Smidt Heart Institute.

A análise foi feita a partir dos sintomas oficiais da insônia, como dificuldade em adormecer, dificuldade em manter o sono e acordar cedo e não conseguir voltar a dormir  — que podem ser aprendidos, inclusive, na graduação em Enfermagem — e em outros cursos da área da saúde. Foram incluídos dados de quase 1,2 milhão de adultos. Desses, cerca de 153 mil tinham insônia e eram 1,69 vezes mais propensos a ter ataque cardíaco.

Contudo, o índice de infartos ainda foi considerado relativamente baixo, ocorrendo em 1,6% das pessoas com insônia e em 1,2% das que não têm. Outro ponto importante apontado pelos estudos é que o sono longo demais também não é positivo. As pessoas que dormiam seis horas tinham um risco menor do que as que dormiam mais de 9 horas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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