Um evento tradicional e delicioso que resgata as melhores quitandas de Congonhas e região, completa 21 anos e acontece neste fim de semana, na Romaria, de 19 a 21 de maio. O evento é uma realização da prefeitura de Congonhas, por meio da Seculte, com apoio da Fumcult e parceria do Instituto Cultural Vale, Sicredi, H2 Hotéis, NGC e Congás. A entrada é gratuita.

O secretário de Cultura, Jean Ângelo, fala da importância deste grande evento e também das quitandeiras para a Cidade dos Profetas. “O ofício das quitandeiras é muito valorizado e já está se tornando patrimônio imaterial. O festival fomenta a economia, movimenta o setor de hotelaria e a gastronomia local. Este ano, daremos destaque aos artistas locais, que se apresentarão nos três dias”, explica.

O Festival da Quitanda contará com 55 quitandeiras e reúne boas lembranças de casa de vó, com um cafezinho passado na hora e uma boa broa de fubá. E é neste clima, que a festa atrai turistas de todo o estado e consolida cada vez mais o resgate das quitandas tradicionais.

Há 14 anos, a quitandeira congonhense Rosangela Rodrigues de Freitas participa do festival. “Este ano fiz uma broa de café. Meu forte é fazer broas. Já fui vencedora duas vezes com a broa de coalhada e a de milho verde. Agora resolvi inovar, o café é um alimento que não pode faltar na mesa do mineiro. Para nós, é muito importante este evento, pois, é através dele que resgatamos as receitas que aprendemos com nossas avós e bisavós”, enfatiza.

Noite de Caldos

Para espantar o frio nos dois dias que antecedem a festa, acontecerá a noite de caldos. Na sexta-feira, 19, a partir das 20h, haverá shows com Renan Martins, Felipe e Nando e Rick e Ricardo. No sábado, 20, a partir das 20h, haverá shows de Mayara Rodrigues e Diogo e Hernani.

Festival da Quitanda

No domingo dia 21, além das deliciosas Quitandas, a festa começa a partir das 8h, na programação musical, a Romaria receberá os shows de Samba de Sinhá, Viola ao Vento, Força Vocalis e Sá e Guarabira.

A idealizadora do festival e atual vereadora de Congonhas, Patrícia Monteiro, conta como surgiu a ideia.

O festival da Quitanda surgiu em 2002, quando ela assumiu a Secretaria de Cultura da prefeitura de Congonhas na época. Segundo Patrícia, a ideia surgiu da necessidade de ter algum evento que fosse realmente da cidade, que pertencesse a Congonhas. E hoje, ele é inserido no calendário de eventos.

“A gente sempre recebe as pessoas com café, com quitanda e essa foi a ideia inicial. Passei isso para as pessoas que trabalhavam comigo e foi a partir daí que começamos a mobilização. Hoje, temos muitas quitandeiras na cidade e que vendem suas quitandas e tem isso como fonte de renda. Foi um grande desafio. O festival é um evento consolidado e conhecido em todo o estado e até mesmo no país.