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Covid: tudo o que se sabe até agora sobre a nova variante altamente mutante


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foto: O Globo

Natália Coelho
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Publicado em: 19/08/2023 - 20:20

 

A subvariante EG.5 do coronavírus, apelidada de Eris, tem gerado crescente preocupação à medida que se torna dominante nos Estados Unidos e é classificada como "de interesse" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, especialistas avaliam que o nível de alarme não deve ser excessivo.

Esta subvariante foi detectada inicialmente na China em fevereiro de 2023 e posteriormente nos EUA em abril. Descendente da Ômicron XBB.1.9.2, a Eris contém uma mutação significativa que lhe confere a capacidade de evitar os anticorpos desenvolvidos em resposta a variantes anteriores e vacinas. Embora tenha se tornado a cepa dominante globalmente, sua capacidade de contágio e gravidade das doenças não se mostram substancialmente diferentes das demais variantes em circulação.

Especialistas, incluindo Andrew Pekosz, da Universidade Johns Hopkins, enfatizam que, embora seja preocupante seu aumento, a Eris não parece ser significativamente distinta do que circula nos últimos meses. A OMS também avalia o risco global representado por essa subvariante como baixo.

Testes diagnósticos e tratamentos como o Paxlovid continuam eficazes contra a EG.5, que não parece ter aprimorado sua capacidade de contágio ou gravidade. Enquanto a vacina atual demonstra eficácia contra essa subvariante, uma nova formulação da vacina está em desenvolvimento, baseada em uma variante geneticamente semelhante à Eris, buscando melhor proteção contra suas mutações.

Especialistas estão mais preocupados com variantes emergentes, como as chamadas "variantes FLip", que possuem mutações evasivas do sistema imunológico e maior transmissibilidade. Apesar das mutações em andamento, é improvável que essas variantes causem um aumento comparável ao observado com a primeira Ômicron no inverno de 2022.

Trevor Bedford, do Fred Hutchinson Cancer Center, expressa preocupação com a evolução geral do Sars-CoV-2, alertando para o impacto acumulativo dessas mutações. Embora o cenário não se equipare ao da Ômicron, Topol sugere que mais reinfecções podem ocorrer.

Enquanto a situação continua a evoluir, a comunidade científica se mantém vigilante, enfocando o desenvolvimento de medidas de proteção apropriadas para combater as mutações do vírus.

fonte: O Globo

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