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Cons. Lafaiete

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Editorial: Não há nada de tão ruim que não possa piorar


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Frances Elen
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Publicado em: 05/11/2023 - 18:20

 

A expressão acima é um provérbio inglês e parece bem brasileira, em que sempre há algo ruim depois que a gente acha que o pior já passou. Em se tratando de Conselheiro Lafaiete a frase é ainda mais atual. Senão vejamos: quem achava que com a empresa Localix, antiga responsável pela coleta de lixo e varrição da cidade, estava muito ruim, enganou-se redondamente. Com a atual empresa, que possui o singelo nome de Mega, a situação piorou sobremaneira, a ponto de ruas e avenidas ficarem sem varrição dias e até semanas.

O argumento da empresa é que, pelo contrato, ela precisa varrer uma determinada quantidade de ruas e, quando o número chega na meta, com todo o respeito, dane-se a população de Lafaiete, pois eu não me chamo Mega ou Seta. Por sua vez, a prefeitura de Lafaiete admite o desastre e já adiantou que, mês que vem, licitará uma nova empresa e refazerá os cálculos da varrição, para que avenidas principais da cidade, como a Telésforo Resende, Furtado, Manoel Martins, Monsenhor Moreira, Dom Pedro II, assim como as ruas principais, não fiquem tanto tempo imundas e nauseabundas.

É preciso chamar a atenção da empresa que assumirá a coleta e a limpeza do município, assim como a PMCL, que as ações que envolvem o lixo urbano precisam ser tomadas imediatamente, antes que a pecha de cidade do lixão tome conta de vez de Lafaiete. Num passado recente – é sempre bom relembrar – nossa cidade conseguiu, a duras penas, o título de 10ª cidade de Minas em qualidade de vida. Noves fora o crescimento populacional e a verticalização de CL, que foram devidamente considerados, fato é que a cidade possuía uma política pública eficiente para recolher seus detritos, embora o destino final ainda fossem os lixões.

Hoje, em pleno ano 2023, possuíamos um moderno aterro sanitário, com todas as licenças ambientais e destinação exigidos, mas não conseguimos fazer o básico: que é recolher adequadamente e limpar nossas ruas e avenidas. Não há qualidade de vida e nem tampouco segurança, se não conseguimos dar um destino seguro a nossos próprios lixos, que ficam nas ruas, à mercê de cães abandonados e urubus. Estamos diante de uma situação constrangedora e que coloca o município no rol dos mais sujos do país. Não demora, não demora e seremos notícias no Fantástico ou Jornal Nacional por essas mazelas. É vero!

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