Córrego dos Veados, na região de Dores do Indaiá, é um dos rios mais piscosos do interior de Minas Gerais

P. de Souza

Repórter e pescador inveterado

Os famosos lambaris do rabo vermelho são a sensação dos córregos e rios do Centro-Oeste de Minas. Eles começaram a dar as caras no início da temporada de pesca, principalmente nos rios Estiva, Jorge e Jorginho, perto de Moema. Também apareceram no Córrego dos Veados, em Dores do Indaiá; e nos rios São João, Lambari, Indaiá, São Mateus e dos Porcos, na mesma região, além do São Francisco, Pará e Paraopeba. A água desses cursos ainda encontra-se um pouco suja, por conta da época, mas ainda chama a atenção dos amantes da pesca.

Muitos pescadores estão rumando para esses locais, em busca da esportividade dos grandes lambaris e também dos piaus três pintas e verdadeiros, muito comuns nesses cursos dágua. A expectativa, segundo relatos de quem já foi anzolar, é a de que este ano será tão bom quanto 2023, que bateu recordes de ações. O perigo, no entanto, segundo afirmaram pescadores ouvidos pela coluna, é a moçada animar e começar a pegar muitos peixes para vender. Isso, de acordo com eles, será muito ruim, já que reduz os cardumes e prejudica as novas gerações de pescadores.

“As pessoas precisam ter consciência de que a pesca, além de ser um esporte saudável, ajuda a preservar o meio ambiente. Matar peixes a “rodo”, para encher caixa de isopor e distribuir para os amigos não é e nunca será uma conduta saudável e moral, pois prejudica os cardumes, destrói a natureza e tira a oportunidade de quem só pesca por prazer e para degustar alguns peixes”, explicou um anzoleiro de Lafaiete, acostumado a pescar nos rios citados acima e que, por razões pessoais, pediu a não divulgação de seu nome. A coluna pede consciência aos pescadores e discernimento na hora de matar os peixes, levando para casa apenas o que vai consumir.