Em uma operação realizada pela Polícia Civil na quinta-feira, dia 4, no município de Congonhas, um macaco-prego foi resgatado em situação de maus-tratos e ilegalidade. O animal, mantido em cativeiro por um homem de 26 anos, foi encontrado em condições precárias, sofrendo abusos e sendo exposto a substâncias proibidas.

A denúncia que desencadeou a ação policial surgiu em meio ao mês da prevenção contra a crueldade animal, o Abril Laranja. O suspeito, cujo nome não foi divulgado pela polícia, vinha postando em redes sociais imagens do macaco, além de ser acusado de fornecer drogas e bebidas alcoólicas ao animal, expondo suas condutas ilícitas publicamente.

Após investigação, os agentes da PC se dirigiram à residência do suspeito, localizada no bairro Ideal. Lá, encontraram o macaco-prego em condições alarmantes: estressado, subnutrido e sem acesso a água e comida adequadas. Com o apoio do Corpo de Bombeiros e da veterinária Carla Sassi, o animal foi prontamente resgatado e encaminhado para receber os cuidados necessários.

Segundo a veterinária responsável pelo atendimento, o macaco apresentava comportamento estereotipado de estresse, evidenciado pela constante manipulação da cauda, e estava ingerindo as próprias fezes, indicando uma situação de negligência grave. "Infelizmente, esta é uma realidade comum no Brasil no que diz respeito aos macacos-pregos ilegais", ressaltou a profissional.

A delegada Juliana Aparecida Neto Fernandes, que está à frente do caso, assegurou que todas as medidas legais cabíveis estão sendo adotadas. O suspeito foi conduzido à unidade policial de Congonhas para prestar esclarecimentos e responder pelas suas ações, que infringem tanto a legislação ambiental quanto os princípios éticos de convivência com os animais.

A ação da polícia destaca a importância da conscientização sobre a proteção dos animais silvestres e o combate à crueldade, especialmente em um momento dedicado à reflexão e à prevenção de abusos como o Abril Laranja.