Imóveis em situação de abandono geram preocupação; vereador defende multa aos proprietários

Até o fechamento desta edição, pelo menos sete novos óbitos haviam sido registrados em Lafaiete. As informações constavam no boletim epidemiológico, divulgado pelo Depar­tamento de Saúde da Prefeitura de Lafaiete, com dados apurados até sexta, dia 12. Ainda segundo o documento, Lafaiete já registrou 21.711 casos suspeitos de dengue, com 9.226 confirmações. Já foram nove mortes, em decorrência da doença. 

Os números alarmantes vêm gerando reações, como a do vereador Oswaldo Barbosa, que cobrou ações mais efetivas da Administração Municipal: “Sabemos que a saúde pública está colapsada, com a policlínica lotada, hospitais e postos de saúde trabalhando com sua capacidade máxima. Sabemos também que o atendimento Sentinela propiciou uma melhoria, mas que não é suficiente. Diante de tudo isso, é preciso agir, inclusive, com uma fiscalização mais eficiente”, frisou o professor. 

Para Oswaldo, o combate aos focos do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti, deve ter prioridade máxima: “é necessário notificar e multar os proprietários de imóveis com suspeita de focos de dengue, principalmente lotes e casas em situação de abandono”, destacou.  

Mesmo com a preocupante situação, o edil lembrou que os profissionais de endemias vêm realizando um bom trabalho, superando, inclusive, o desafio de um baixo efetivo e da falta de recursos: “Os telefones de contato, no setor de endemias, por muitas vezes ficam ocupados, devido a tantos chamados e denúncias, o que dificulta a ação rápida nos locais mais comprometidos. Há tempos, venho solicitando ao Poder Executivo que faça a fiscalização aérea, executada por drones, mas ainda não obtive resposta”, revelou.  

Oswaldo acredita que a tecnologia pode auxiliar no combate à dengue: “Os drones podem ser ferramentas eficazes e, a meu ver, necessárias, porque podem tornar as ações mais rápidas e eficazes. É preciso agir contra os focos do mosquito e não temos acesso a muitos deles. Estamos vivendo um colapso da saúde e os números de casos e mortes só aumentam. Precisamos de ações eficazes!”, reforçou o vereador.