A tradição de coroar Maria, venerada como a mãe de Jesus Cristo na tradição cristã, teve seu início no Brasil com os colonizadores portugueses. São Felipe Néri, reconhecido por sua devoção mariana, desempenhou um papel crucial ao instituir o mês de maio como um período especial dedicado a ela.

Ao final de maio, São Felipe Néri costumava presentear Nossa Senhora com uma coroa de flores, marcando assim a devoção fervorosa pelo ícone religioso. Este gesto simples, porém significativo, influenciou uma prática que perdura até os dias atuais.

Em 1884, durante sua segunda visita à Basílica Histórica, a princesa Isabel, em um gesto de profunda devoção, ofereceu uma coroa à Mãe Aparecida. Essa coroa foi então solenemente colocada na imagem de Nossa Senhora em uma cerimônia especial, após o decreto do Papa Pio X, que coroou Maria como Rainha.

Entretanto, o ápice desse reconhecimento ocorreu em 1930, quando o Papa Pio XI decretou oficialmente Nossa Senhora Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil, consagrando-a como um símbolo sagrado para milhões de fiéis em todo o país.

A tradição da coroação de Maria continua a ser uma manifestação significativa da devoção religiosa no Brasil, representando não apenas uma prática ritualística, mas também um vínculo emocional profundo entre os fiéis e a figura materna.