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Lafaiete terá concurso público e R$120 milhões em obras até o fim de 2024


Divulgação

Foto: Rafaela Melo

Sônia da Conceição Santos
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Publicado em: 08/06/2024 - 10:36

 Mário Marcos falou sobre as últimas ações programadas para o seu segundo mandato

 

 

 

Em entrevista ao Jornal CORREIO, Mário Marcos (União Brasil) falou sobre as últimas ações programadas para o seu segundo mandato, como o investimento de R$120 milhões nas 40 obras que devem ser entregues até dezembro e outros assuntos que são sempre levantados pelos lafaietenses. Entre eles, o aguardado concurso público: “Infelizmente, vamos entrar no período eleitoral, e a contratação dos aprovados não poderá acontecer ainda este ano e ficará a cargo do próximo prefeito. Mas o processo será realizado”, garante.

Entre as vagas que estarão em disputa estarão postos na Guarda Municipal, que está em vias de ver desligado metade do seu efetivo devido a uma ação judicial que questiona a legalidade do concurso público realizado na época: “O concurso foi considerado ilegal, e os guardas perderam em todas as instâncias possíveis. Estamos aguardando a comunicação da justiça para o desligamento imediato desses servidores. É uma situação triste, pois esses guardas fazem um trabalho excelente e são importantes para a cidade. Então, planejamos realizar um novo concurso público para contratar um novo efetivo, torcendo para que os guardas atuais possam participar e, com a experiência que possuem, recuperem suas posições”, acrescenta.

 

Educação

 

Outro assunto abordado foi a hipótese de o município aderir ao programa Mãos Dadas, que transfere a gestão de algumas escolas municipais para a rede estadual. A iniciativa tem a aprovação de Mário Marcus, que encaminhou o projeto à Câmara Municipal: “A responsabilidade pelos anos iniciais da educação básica é do município. Ao estado, cabe responder pelos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. A proposta foi retirada, e como estamos no último ano do mandato, não reenviamos o projeto para a Câmara”, revela. Ainda na educação, Mário Marcus fez questão de destacar desafios superados em sua gestão: “Havia uma grande de­manda por vagas em creches no município. Con­se­guimos criar três vezes mais vagas nesses sete anos do que foram criadas nos 30 anos anteriores”, acrescenta.

 

Obras

 

Uma das marcas de sua gestão, sem dúvida, são as obras. Conforme situa o prefeito, até o fim de 2024, devem ser finalizadas 40 obras, que exigiram um investimento na casa dos R$120 milhões, com recursos já garantidos para execução e entrega. Entre elas, estão: UPA 24h; prolongamento da avenida Manoel Martins; viaduto da Cachoeira; UBS Moinhos; UBS Ito Alves; escolas nos bairros Siderúrgico e Santa Cruz; reforma da passagem subterrânea; infraestrutura dos bairros Triângulo II, Topázio e Copacabana; ponte da rua do Barreto; cinco quadras esportivas (Real de Queluz, Bela Vista, Três Barras, Resende e Siderúrgico); Centro Regional de Saúde do Paulo VI; aberturas de ruas nos bairros Moinhos, Areal, Resende, Sion e São João; galeria de drenagem pluvial, no Centro; muros de gabiões em córregos e no rio Bananeiras; praças nos bairros Moinhos, Santo Antônio, Bernardo Guimarães, Satélite e Manoel Correia; Distrito In­dus­trial II; pavimentação de vias e aterro de resíduos sólidos no Amaro Ribeiro.

 

Moradores de rua 

 

Também seguem em discussão a situação da população de rua e a percepção de desordem em espaços urbanos de Lafaiete. Ques­tio­nado sobre o assunto, Mário Marcus lembrou que o problema, infelizmente, repete-se em inúmeras cidades de Minas e do Brasil: “O município fornece suporte para que aqueles que vieram de fora possam voltar, mas conforme os levantamentos da Secretaria de Desenvolvimento Social, a grande maioria é formada por pessoas da cidade que, por motivos diversos, optou por viver nas ruas e não há como obrigá-los a mudar essa escolha. Qualquer iniciativa de mudança deve partir deles”, pondera. 

Mário Marcus também abordou a recente situação ocorrida no coreto: “Pessoas estavam morando no coreto e vários danos foram observados, como ligações clandestinas da parte elétrica, que provocaram curtos e colocaram esses próprios moradores em risco. Também foram observados danos a balaústres e acúmulo de utensílios e lixo, o que atraiu ratos. Então, para evitar maiores riscos, o município fechou o coreto para reforma e intervenção. E esses moradores continuaram na praça pública, que é um direito que eles têm”.

O prefeito lembrou que intervenções semelhantes já foram realizadas na rodoviária e em outros pontos da cidade: “Hoje mesmo [28/05] houve uma reunião com a nossa Guarda Municipal e secretarias de Defesa Social e Desenvolvimento Eco­nô­mico, buscando traçar diretrizes para abordar essa situação. A Prefeitura não está de braços cruzados”. 

 

Limpeza urbana

 

Na linha dos problemas urbanos, a população vem se queixando da qualidade dos serviços de coleta de lixo e limpeza urbana. Na avaliação do prefeito, a situação não vem passando despercebida: “Durante nossos oito anos de governo, não tivemos problemas significativos com a coleta de lixo, capina ou varrição. Re­centemente, tivemos que trocar a empresa que prestava o serviço, pois o contrato com a Localix venceu e eles não venceram a nova licitação. A nova empresa, Mega, que já está prestando o serviço há mais de um ano, também não apresentou problemas, inicialmente”, pontua.

Mas o quadro tomou outra forma nos últimos meses: “A epidemia de dengue afastou muitos trabalhadores da coleta, e com o aumento de empregos gerados por mineradoras e outras empresas na região, observamos uma grande deficiência de mão de obra. A empresa justificou suas dificuldades em substituir os garis e outros profissionais. E apesar de compreendermos essas dificuldades, o município exige que a empresa cumpra o contrato, que estipula o número de trabalhadores necessário. Temos feito notificações e aplicado sanções cabíveis, sempre atentos para garantir a regularização do serviço o mais rápido possível. Se o problema não for solucionado, o contrato pode ser cancelado”, conclui.

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