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Editorial: É preciso começar a racionar água, porque senão vai faltar
Divulgação
foto: Edmilson Dutra
Publicado em: 14/07/2024 - 11:50
Lagoas da Jacuba e Água Preta são um dos pontos de captação de água da Copasa; gerente regional recomenda o uso consciente da água pela população
Noves fora a chuvinha do dia primeiro de julho, que ajudou a melhorar a umidade relativa do ar e também apagou um pouco da poeira, já estávamos há cerca de 90 dias sem chuva no Alto Paraopeba. O alerta de seca intensa, por conta dos fenômenos El Niño e La Niña, está mais vivo do que nunca e remete a um dos dramas da humanidade, que é a falta do precioso líquido. Pode faltar tudo na vida, exceto a água.
Embora a Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa-MG) não admita publicamente, o fato é que os dois reservatórios da cidade, tanto o da Lagoa da Água Preta, que recebe as águas dos Almeidas e o da Jacuba, abastecida pelo rio Bananeiras, estão no limite de sua capacidade e baixando diariamente, à medida que o período de seca se aproxima do seu pico.
Nesta semana, o Jornal CORREIO abordou o tema da escassez de água e ouviu representantes da Copasa e da Defesa Civil, que fizeram questão de garantir, não somente o abastecimento, mas, sobretudo, negar a possibilidade de ocorrer racionamento em agosto e setembro. No entanto, a companhia de abastecimento cobrou moderação da população no consumo do líquido e anunciou que deve iniciar, ainda em julho, campanhas de conscientização sobre os perigos e os dramas de um eventual racionamento de água na cidade.
Há de se considerar, porém, que as chuvas de verão, que molham a terra e umidecem o solo no fim e início de todo ano, ficaram bem abaixo da média, o que deve impactar no período de seca. Além disso, nesta época do ano, as pessoas tendem a gastar mais água, para molhar quintal e tomar banho quente, o que gera aumento no consumo. Essa situação deve perdurar até outubro, segundo previsão de especialistas, o que aumenta os riscos de uma escassez severa. Por isso e muito mais, é preciso começar a economizar água, evitar lavar os carros, calçadas e quintais, até que a situação se normalize e as chuvas retornem.