O quinteto formado por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira fez história em Paris-2024 nesta terça-feira, ao conquistar a medalha de bronze na final por equipes da ginástica artística. Esta é a primeira vez que o Brasil sobe ao pódio nesta modalidade em uma Olimpíada. Após terem conquistado a prata no Mundial do ano passado, as ginastas brasileiras continuam a escrever grandes capítulos para o esporte nacional. O Brasil terminou a prova com 164.497 pontos, ficando atrás dos Estados Unidos (171.296), que levaram o ouro, e da Itália (165.494), que ficou com a prata.

Durante a competição, parecia que o Brasil não alcançaria o pódio, pois começou nos aparelhos em que tem pior desempenho. A "virada" ocorreu no último aparelho, levando a equipe ao bronze.

Históricos de Sucesso

Desde o ouro de Arthur Zanetti nas argolas, em Londres-2012, até a vitória de Rebeca Andrade no salto, em Tóquio-2020, o Brasil colecionava seis pódios, todos no individual. Agora, o país se junta às potências da ginástica, como Estados Unidos, China, Rússia, Romênia e Grã-Bretanha, que subiram ao pódio nesta prova nos últimos 20 anos.

Rebeca Andrade era a única ginasta da equipe que já tinha uma medalha olímpica. Jade Barbosa, atleta mais experiente do Brasil, finalmente conseguiu sua consagração olímpica. O GLOBO apresenta quem são as medalhistas de bronze:

Rebeca Andrade

Uma das principais atletas do mundo, Rebeca Andrade chegou a Paris-2024 como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil. Atual campeã olímpica e mundial no salto, Rebeca fez história em Tóquio ao se tornar a primeira ginasta brasileira a conquistar um ouro e a levar duas medalhas na mesma edição de uma Olimpíada. Em Paris, além de capitalizar com sucesso sua primeira chance de medalha, ela ainda pode conquistar outras quatro, estando classificada para as finais no individual geral, na trave, no salto e no solo.

Jade Barbosa

Com 33 anos, Jade Barbosa é a ginasta mais experiente da equipe brasileira. Em sua terceira Olimpíada, Jade acumulou feitos significativos, incluindo ser a primeira brasileira a conquistar uma medalha no individual geral de um Mundial. Apesar dos desafios ao longo de sua carreira, incluindo lesões e a perda da mãe, Jade finalmente alcançou sua consagração olímpica em Paris.

Flávia Saraiva

Conhecida como Flavinha, a ginasta de 24 anos é uma das mais completas do time e está classificada para a final do individual geral. Flávia vem de um bronze no solo no Mundial-2023 e, apesar de alguns contratempos na competição, continua sendo uma atleta promissora. Nas redes sociais, Flávia é uma típica representante da Geração Z, e caso não fosse ginasta, teria escolhido a medicina.

Julia Soares

Estreante em Jogos Olímpicos, Julia Soares, de 18 anos, conquistou uma vaga para a final da trave, encantando o público com suas performances no solo. Julia já faz parte do seleto grupo de ginastas que têm movimentos homologados no código de pontuação da modalidade, demonstrando seu talento precoce.

Lorrane Oliveira

Depois de competir na Rio-2016, Lorrane voltou a uma Olimpíada em Paris, apresentando-se nas paralelas e no solo. Lorrane também passou por uma perda pessoal significativa este ano, a morte de sua irmã Maria Luiza, e dedicou sua participação e sucesso em Paris à memória dela.

Um Futuro Brilhante

Com essa conquista histórica, a equipe brasileira de ginástica artística reafirma seu lugar entre as potências do esporte, inspirando futuras gerações e estabelecendo novos padrões de excelência. Parabéns ao quinteto que fez história em Paris-2024, marcando um novo capítulo na ginástica artística do Brasil.