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Cons. Lafaiete

Sem perder a elegância, mulheres comandam o próprio negócio com criatividade e competência


Divulgação



Publicado em: 13/03/2013 - 18:21

O fato é que a realidade está se transformando cada vez mais e a mu­lher moderna continua cuidando dos filhos e do lar, mas sustenta a si mesma, em alguns casos, como dona do próprio negócio. Sem perder o charme e a elegância, vão à luta e se destacam pela criatividade e competência com que realizam suas mais di­fe­rentes atividades.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, de 2003 a 2011, a participação feminina na população economicamente ativa aumentou 1,7%, passando de 44,4% em 2003 para 46,1% em 2011. Este ano, os índices devem aumentar ainda mais. Já o público masculino passou de 55,6% para 53,9%. Que fatores contribuem para essa mudança? Será a sensibilidade o grande segredo? Ou o grande diferencial seria a dedicação? Independente das explicações, que muitos estudiosos e especialistas buscam encontrar, a força das mulheres no gerenciamento de seus negócios têm sido notável na sociedade. Mas, sem dúvida, trabalho, dedicação e perseverança são atributos essenciais.

Empreendedorismo

Em Lafaiete, a conquista do mercado de trabalho por parte das mulheres não é diferente do contexto nacional. Muitas, inclusive, optaram por comandar o próprio negócio e celebram uma trajetória de sucesso, em suas diferentes áreas de atuação. Para homenagear essas “Mulheres de Aço e de Flores”, o Jornal CORREIO entrevistou a proprietária e administradora do Grupo Pharmativa, Maria da Consolação de Oliveira, farmacêutica/bioquímica, especialista em Homeopatia, Farma­co­lo­gia e Manipulação, advogada e médica com especialização em Dermatologia e Ci­rur­gia Dermatológica. O Grupo Phar­ma­tiva completa 21 anos neste mês, possui sete filiais e cinco licenciadas e conta com o trabalho de 120 colaboradores.
À frente deste grande Grupo, Maria da Consolação de Oliveira diz que, muito além das técnicas e conhecimentos administrativos aplicados na empresa, o segredo está na sensibilidade, no feeling, na fé e no desejo muito intenso de construir e compartilhar a humanização de cuidados em saúde e a medicalização dos problemas de cada ser humano. “Nos últimos anos, conquistamos por três vezes consecutivas o Prêmio Mérito Lojista - o Oscar do Varejo, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete (CDL-CL). São homenagens que me emocionam muito porque retratam o reconhecimento de uma comunidade, que valoriza o trabalho e desempenho de uma empresa genuinamente da terra. Também já recebemos os prêmios: Abiqua, da Associação Brasileira de Incentivo à Qualidade; Farmag, concedido pela Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag); ABCfarma, da Associação Brasileira do Comércio Far­ma­cêutico. E para coroar, com êxito, ganhamos o primeiro prêmio de responsabilidade social do Brasil promovido pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, em que a Pharmativa concorreu com grandes empresas, como o Mc Donald’s, e saiu vencedora. Esta premiação faz parte do livro publicado, recentemente, pela FGV-SP”, lembrou.
Apesar da trajetória ascendente de sua empresa, Maria da Consolação de Oliveira conta que os obstáculos também foram grandes. “Tive muitos desafios empresariais, financeiros e até mesmo familiares. E quem não os tem? Nesse minuto em que estamos aqui conversando, milhares de pessoas, mulheres como eu, estão à prova de desafios, sofrimentos, lutas e frustrações, mas quando se tem um ideal, um desejo forte e um caráter marcante, parece que Deus nos dá poderes sobre-humanos e as realizações acontecem. Minha análise de todos esses anos de trabalho é muito positiva. Tudo o que Deus fez e faz por mim é muito bom! Sempre tive e tenho a reta intenção de acertar, mesmo sabendo que nem sempre acertei e que nem sempre acertarei, mas penso que sempre dei o melhor de mim. Só tenho a agradecer a nossa querida cidade e região, que há 21 anos me acolheu, me acolhe e reforça o meu encantamento”, ressaltou.
Por trás de toda a força empreendedora da empresária, estão duas filhas, que como ela mesma frisou, “a fazem sair todos os dias da cama para trabalhar”. “A elas, de verdade, peço perdão pela minha ausência, correria e incompletude. Espero que, um dia, elas possam entender esse momento. Tenho certeza de que família não é apenas título, mas atitude. A minha relação com elas e a minha atitude é de amor, lealdade e confiança”, destacou. Questionada por nossa Reportagem sobre como administrar bem a empresa, ainda cuidar da educação dos filhos e manter o charme e a elegância, Maria da Consolação afirmou que estes são atributos da maioria das mulheres. “A vaidade é sinal de bem-estar, da valorização do eu, do compromisso com um corpo que Deus nos deu. Portanto, temos que nos valorizar”.

Evolução da mulher

“A mulher vem alavancando o mundo”, afirma a empresária do Grupo Pharmativa. Maria da Consolação de Oliveira diz que todas, mesmo cheias de notoriedade, “carregaram e carregam a sua cruz”, como Madre Tereza de Calcutá, Margareth Tatcher, Michele Oba­ma e Dilma Roussef. “Mas, quando atendo uma pessoa que me diz, humildemente, que é do lar, meus olhos brilham porque vejo ali um verdadeiro exemplo de mulherão! Aquela que é, na maioria das vezes, mãe, às vezes pai, administradora do lar, economista, contabilista, que tem que chegar ao final do mês com as contas fechadas, a professora que ajuda nos deveres de casa, a enfermeira, que remedia as dores, a lavadeira, passadeira, cozinheira, enfim uma exemplar mulher”, acrescentou.
Para aquelas que ainda não se conscientizaram do potencial que têm e do sucesso que podem alcançar ou têm medo de tentar, Consolação deixa uma dica: “Jogue o seu coração à frente que o corpo vai atrás! Sonhe, acredite e seja feliz! Deixo aqui o meu agradecimento a este jornal, que é um grande veículo de comunicação, sério e comprometido com o desenvolvimento de nossa região, e o meu carinho a você, caro leitor. Dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Se você que está lendo for homem, leve o seu abraço a uma mulher, a uma mãe, a uma filha. Mas se for uma mu­lher, receba o meu aplauso e que você reavalie e acredite: só você tem o poder de se transformar e de reverter o mal em bem, porque todo ser humano é arquiteto e cúmplice do seu próprio destino! Beijo no seu coração e avante”, finalizou.

Dia Internacional da Mulher


No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como: redução na carga diária de trabalho para 10 horas, equiparação de salários com os homens (porque elas chegavam a receber até um terço do salário deles) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência: as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas. Somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às operárias, que morreram na fábrica em 1857. Somente em 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

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