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Imunidade e a nutrição diária


Amanda Oliveira

Nutricionista esportiva e clinica funcional

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Publicado em: 16/06/2020 - 00:00 |

A imunidade se refere ao sistema de defesa corporal de casa ser humano, sendo então individual. Este batalhão de anticorpos são adquiridos ou produzidos logo na primeira infância e pode determinar sua saúde para toda vida. Os bebê nascem totalmente vulneráveis aos microrganismos, sujidades e doenças já existentes e tudo isso começa a mudar com a amamentação.

Através do leite materno são passados anticorpos e bactérias probióticas responsáveis por povoarem o sistema gástrico do bebê, uma vez que dentro do útero materno toda a nutrição é feita via cordão umbilical. O intestino é responsável por 70 % do sistema imunológico e até os 7 anos de idade a microbiota da criança pode ser modulada e renovada, o que não acontece com as outras faixas etárias.

Existem 2 formas de adquirir imunidade:

1-      Imunidade inata que se divide em ativa e passiva;

2-      Imunidade adquirida.

 

- Imunidade Inata passiva nos é passada via leite materno.

- Imunidade Inata ativa é adquirida de acordo com o contato com o antígeno.

- Imunidade adquirida vem a partir das vacinas.

 

Ao longo da vida e com a introdução da alimentação complementar nossa microbiota intestinal ganha características e algumas alterações podem ocorrer como a Disbiose Intestinal, Alergias / Intolerâncias alimentares, doenças em geral. Por isso a importância de uma alimentação sem corantes e conservantes; pobre em açúcar, gordura e sal; rica em fibras alimentares / antioxidantes e bem nutritiva; principalmente na infância e para a vida toda.

 

É importante destacar que a imunidade começa desde o nascimento e nos acompanha até o final da vida, o que define sua eficácia é o tipo de alimentação, o nível de estresse / ansiedade, uso de medicamentos, sedentarismo, qualidade de sono, baixa hidratação, uso de drogas licitas e ilícitas, predisposição genética (o que não é destino); dentre outros fatores.

 

A ingestão excessiva de produtos alimentícios ricos em açúcar, gordura, sal e aditivos alimentares estimulam o aumento da produção de radicais livres, aumenta a permeabilidade intestinal, selecionam bactérias não desejáveis e sobrecarrega o sistema imunológico.

A alimentação natural é a melhor, pois contém nutrientes imunomoduladores, como: Zinco, Magnésio, Vitamina D, Complexo B, Ômega 3, fibras, antioxidantes, Selênio, Vitamina C e prébióticos na quantidade e concentração correta para o funcionamento do nosso organismo.

É claro que suplementar estes nutrientes trará melhora da resposta imunológica, porém é sempre bom lembrar que a imunidade é um retrato dos hábitos alimentares de uma vida saudável e de uma tendência genética, não somente algo que se modula em uma fase da sua vida; toda modulação precisa ser sustentada.

Ter por hábito ingerir vegetais verdes escuros (couve, agrião, espinafre, orapronobes, taioba), peixes de pequeno porte (sardinha, cavalinha), oleaginosas (castanhas e amêndoas), carboidratos de boa qualidade, frutas, fibras (aveia, semente de abóbora), legumes, grãos integrais, chás, água e ovo são algumas das estratégias nutricionais para manter sua saúde orgânica em dia e o sistema imunológico reforçado. Parece simples, mas grande parte da população tem uma alimentação nada nutritiva, rica em calorias vazias sem valor nutricional algum; comida rica em calorias / açúcar / gordura e sal.

Quem muito desembala (pacotinhos e industrializados) não tem nutrição eficiente e destrae o sistema imunológico, prefira descascar mais e se puder, compre alimentos orgânicos ou tenha uma hortinha na sua casa; saboreie os alimentos da forma mais in natura possível.

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