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Descubra que alimentos sabotam ou estimulam sua saúde mental


Amanda Oliveira

Nutricionista esportiva e clinica funcional

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Publicado em: 18/02/2021 - 00:00 |

 

O cérebro é um órgão extremamente sofisticado, resultado de milhões de anos de evolução da nossa espécie. Comporta 100 bilhões de neurônios, que são as células do sistema nervoso (SN) responsáveis pela transmissão de informações via impulsos nervosos. É considerado o órgão campeão no quesito de consumo de nutrientes e mais de 20% da nossa energia e oxigênio são consumidos por ele - mesmo ele representando menos de 2% do nosso peso (1,5 kg, em média). E com toda essa necessidade de nutrientes e energia, não há como não relacionar o seu bom desempenho com uma alimentação adequada.

É o que explica a nutricionista funcional Amanda Oliveira. “Sabe aquela famosa frase: ‘Usamos só 10% do nosso cérebro’? Ela é falsa. Essa falácia já foi desmentida com uso de imagens que provaram que um ser humano saudável acessa todas as regiões do órgão, havendo comunicação entre o hipocampo, amígdala, córtex pré-frontal e o cerebelo. Sabemos, também, que existem 500 milhões de neurônios no nosso intestino. Logo, suas competências e responsabilidades vão muito além de absorver nutrientes e fabricar nossas fezes. O intestino é o segundo cérebro humano! Por essa razão, mudanças de hábitos alimentares (comida de verdade) resultam em melhoras instantâneas de vital idade, bem-estar e desempenho cognitivo (mental)”, explica a especialista. 

Bactérias do bem - Você pode até achar estranho em um primeiro, mas a ciência comprova que precisamos nutrir adequadamente nossas bactérias e uma grande totalidade delas encontra-se no nosso sistema gástrico, especialmente no nosso intestino. É o que chamamos de microbiota: “Em 1845 já era sabido que o intestino tinha grande influência e impacto na saúde, imunidade, bem-estar, ansiedade e prevenção de doenças. Porém, pandemias/epidemias mundiais da época levaram a uma ‘guerra contra as bactérias’, utilizando-se do antibiótico (que era necessário naquele momento). Daí, nutriu-se uma falsa ideia de que toda bactéria é ruim, mas cerca de 90 % das nossas células são de origem bacteriana e 10 % são humanas. E o nosso microbioma é determinante para a manutenção de uma boa saúde mental, hormonal, fisiológica, imunológica, clínica e etc.”, revela.  

E não para por aí. Conforme detalha Amanda Oliveira, o intestino exerce papel decisivo na formação de nossas emoções. “Cerca de 90% a 95% da serotonina - conhecida como ‘hormônio do bem-estar’ e ‘hormônio antidepressivo natural’ são produzidos no intestino - somente 10 % no cérebro! E esse hormônio age na regulação não apenas do humor, sono e funções intelectuais, mas também apetite, frequência cardíaca e até temperatura corporal”, situa. 

O que comer (ou não)

Pensar em saúde nos faz olhar com mais seriedade para a nossa mesa. De acordo com Amanda Oliveira, o consumo de carboidratos refinados, gorduras saturadas e trans está diretamente ligado à perda de memória de curto prazo e à queda de vital idade. “Se você quer colocar um fim nos esquecimentos, precisa reduzir o consumo de biscoitos, margarina, bolos industrializados, batata frita, óleos e embutidos. Prefira cereais integrais, manteiga (de preferência ghee - clarificada), bolos caseiros, azeite extra virgem e alimentos in natura. Resumidamente, ‘descasque mais e desembale menos’”, alerta. 

Bebidas alcóolicas também passam longe de ser uma opção saudável: “O álcool causa desidratação, danifica os neurônios e diminui as funções cerebrais, afetando sua capacidade de armazenar informações”. E pode acrescentar o açúcar na lista de itens a evitar: “O ‘doce veneno’ tem papel determinante na deterioração da memória e ainda no surgimento de doenças crônicas (diabetes tipo I, II e III), pois é diabetes tipo III é o apelido para a doença de Alzheimer. Os açúcares alteram o fluxo sanguíneo e a circulação sanguínea no cérebro”, destaca.

Para fazer as escolhas certas, o jeito é sempre tirar um tempo para ler os rótulos e ter em mente o que não consumir: “Evite açúcar invertido, maltodextrina, sacarose, glicose, xarope de glicose, xarope de frutose, extrato de malte, lactose, dextrose e xarope de milho. Adoçantes também elevam a insulina. Portanto, devem ser usados de forma correta e de acordo com a necessidade, sempre evitando os a base de: acessulfame, sucralose, aspartame, sacarina e ciclamato. Prefira stevia, xylitol, palatinose, eritritol”, lista. 

E o que comer para ter uma boa saúde mental? A lista de indicações da nutro e bem extensa – e saborosa também: “Consuma mais vegetais verdes escuros, peixes de pequeno porte (sardinha, cavalinha, atum), oleaginosas (castanha do pará, nozes, macadâmia), ovos (gema e clara), carboidratos bons (batata doce, inhame, mandioca), frutas cítricas, especiarias (açafrão da terra, canela, gengibre), ervas naturais (salsinha, cebolinha, manjericão, alecrim), temperos naturais (alho, cebola, pimentão), legumes, sementes (linhaça, chia, abóbora), chocolate 70 % cacau (40 g/dia), muita água (calcule: 35 x peso) e pratique atividade física (aeróbica e de resistência) ou alguma atividade relaxante, como Yoga e Reiki”, finaliza.

 

Serviço

Nutricionista Funcional Amanda Oliveira

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