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Com trecho desmoronado, rua no bairro Arcádia passa a ser mão-única


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Fanny Elen
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Publicado em: 24/08/2016 - 00:00

A rua Nivaldo Ribeiro Lelis, no Arcádia (região nordeste), agora é mão única. A mudança foi feita pelo Departamento Municipal de Trân­sito (DMT) por causa das condições estruturais da via, que sofreu o desmoronamento do talude adjacente no trecho entre as ruas Humberto Clemente e Nossa Senhora da Conceição. Em nota, o DMT pediu atenção aos condutores que trafegam na região, inclusive às empresas que prestam serviço de fretamento: "A intervenção foi feita por motivo de segurança e o desrespeito à mesma caracteriza infração gravíssima, cabendo multa e 7 pontos na CNH", frisa. Ainda segundo a nota, a intervenção será em caráter temporário, até que seja sanado o problema.

O problema é que, apesar da sinalização ser clara e amplamente visível a qualquer motorista, muitos apressadinhos têm ignorado a determinação e seguido em sentido proibido. Durante o tempo em que nossa Reportagem esteve no local, carros e motos foram vistos seguindo em sentido proibido. Quem vive ao lado do problema também tem motivos para reclamar. É o caso da técnica em Segurança do Trabalho Mônica Magali dos Santos, 34 anos. Moradora da rua João Cunha, que é próxima a Nivaldo Lelis, há 10 anos, ela se queixa da falta de infraestrutura no local: "Há uns 15 dias, eu e alguns vizinhos fomos à Secretaria de Obras e pedimos para fechar a rua. Eles alegaram que não têm verba para asfaltar. Quando se abre uma rua, é preciso iluminar, asfaltar e implantar rede de esgoto. E aqui, para se ter uma ideia, o esgoto corre a céu aberto. Para deixar desse jeito, é melhor fechar", afirma.

O pedido se baseia nos transtornos que estariam sendo gerados a partir da abertura da rua: "Agora passam caminhões a toda hora, porque é um acesso para Ouro Branco.  Tenho dois filhos, um de 9 e outro de 3 anos. Os dois têm bronquite e não podem viver no meio dessa poeira. Já até coloquei a minha casa à venda.  Para piorar, a rua começou a ceder. Eles vieram e colocaram escoras e fitas de isolamento, mas isso não resolve. Inverteram a mão para reduzir o trânsito, mas ninguém respeita. Vai ceder mais e complicar a situação. Sem falar nos entulhos que jogam no buraco", afirma.

Moradora da rua há 5 anos, Natália Castro Resende Moraes também afirma já ter buscado, na prefeitura, uma solução para o problema: "Faz mais de 10 anos que sofremos com esse problema. Já levamos abaixo-assinado, fizemos várias reuniões com secretários de Obras, de Trânsito, vereadores e assessor de im­prensa. Eles sempre falam a mesma coisa: não tem dinheiro. Mas em outros lugares, que nem têm trânsito, eles colocam asfalto", afirma. Para a moradora, falta respeito, também, pela parte dos motoristas: "Ônibus e caminhões passam a toda hora, em alta velocidade, jogando poeira nas crianças que vão para a escola. A única solução que conseguimos junto à prefeitura, depois da Defesa Civil ter condenado o trecho, foi a colocação de mão-única, mas, infelizmente, as pessoas não respeitam e continuam passando. As placas de indicação estão soltas. Pedimos respeito das pessoas que ali passam para que, futuramente, a rua não seja fechada por completo", finaliza.

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