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Dez coisas que você deve saber sobre roncos
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Publicado em: 20/01/2017 - 00:00
Se
você ronca, ou convive de perto com alguém que sofre desse mal, não deve se
lembrar muito bem qual foi a sua última boa noite de sono. O que muita gente
não sabe é que o problema pode ter consequências graves, que vão além da indisposição
no dia seguinte. Para esclarecer suas dúvidas, o neurologista com experiência
em medicina do sono Dr. Túlio Marcus Ribeiro Bellard responde as 10 perguntas
mais comuns. Confira:
1. O que são os roncos?
São
sons que acontecem pela vibração das estruturas da faringe, indicando que
existe um aumento da resistência à passagem do ar. Quem ronca pode acordar
várias vezes à noite, sem perceber, o que leva a uma sensação de cansaço ao
acordar.
2. Que problemas os roncos podem causar?
O
ronco incomoda a quem convive com o paciente, podendo afetar, inclusive, a vida
conjugal. Além disso, como se trata de um sinal de aumento de resistência de
vias aéreas, pode indicar a existência de uma doença muito importante: a
síndrome da apneia obstrutiva do sono (Saos).
3. O que é síndrome de apneia obstrutiva do sono?
É
uma doença em que ocorre total obstrução ou semiobstrução da passagem do ar na
faringe (garganta) durante o sono. Essa falta de respiração persiste por mais
de 10 segundos e pode durar até quase 1 minuto. Nos casos mais graves,
acontecem mais de 30 eventos obstrutivos em 1h. Durante as apneias, a
oxigenação do sangue é reduzida, provocando várias modificações -
principalmente no sistema cardiovascular. Na maioria das vezes, ocorre uma
fragmentação do sono, redução das fases mais profundas do sono e, muito
frequentemente, cansaço e sonolência durante o dia.
4. Quem tem síndrome de apneia obstrutiva do sono?
A
Saos pode acontecer em qualquer idade. Seus principais fatores de riscos são:
aumento da idade e do peso, roncos, refluxo gastroesofágico, uso de bebida
alcoólica, de remédios para dormir ou relaxantes musculares e mandíbula curta
(retrognata).
5. Que doenças podem ser provocadas ou agravadas pela
Saos?
A
Saos, em suas formas moderadas ou graves, acarreta ao risco aumentado de
desenvolver ou piorar doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, infarto
do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca), doenças
neurológicas (epilepsia, acidentes vasculares cerebrais, problemas de memória,
excesso de sono durante o dia) e endocrinológicas (obesidade e diabetes).
6. Existem acidentes de trânsito relacionados à Saos?
A
Saos aumenta o risco de acidentes de trânsito em até sete vezes e também gera
um risco maior de acidentes de trabalho. Quem sofre de Saos tem, muitas vezes,
sono excessivo durante o dia e muita falta de atenção. Muitos acidentes de
trânsito provocados por motoristas que dormem ao volante podem ser explicados
por Saos não tratada.
7. A doença é comum?
Sim.
Atinge uma em cada três pessoas (33% da população). As formas moderadas ou
graves da doença são as mais relacionadas com complicações cardiovasculares e
acometem 14% da população. A Saos é uma doença muito prevalente e deve ser
sempre investigada pelo médico quando existem os sinais de alerta, como roncos,
obesidade, cansaço e sono diurnos, hipertensão arterial de difícil controle.
8. A Saos e os roncos têm tratamento?
Sim.
E o tratamento é muito eficaz, frequentemente mudando a vida do paciente para
muito melhor. Casos mais leves e os roncos isolados podem ser tratados com
aparelhos intraorais confeccionados pelo dentista. Já os casos moderados e graves podem exigir
tratamento cirúrgico, mas, na maioria das vezes, é recomendado o uso de
Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). O CPAP é um aparelho portátil, que
fica ao lado da cama. Nele é conectada uma máscara pequena, que cobre o nariz
ou nariz-boca. Pela máscara, entra o ar em uma certa pressão, desobstruindo a
faringe e levando o paciente a ter uma bela noite de sono, sem roncos. A
qualidade de vida do paciente fica muito melhor.
9. Como saber se tenho Saos?
O
médico deve pedir um exame de polissonografia para confirmar o diagnóstico e
ver a gravidade da Saos, a fim de planejar o melhor tratamento.
10. Como é feita a polissonografia?
O
exame é simples e realizado em local específico. O paciente dorme uma noite com
monitoramento e, a partir daí, o exame fornece muitas informações a respeito
das fases do sono, eletrocardiograma, roncos, movimentações durante o sono e
respiração. A polissonografia pode ser pedida pelo seu médico. Já o tratamento,
geralmente, é feito com um médico com experiência em distúrbios do sono, mais
comumente, neurologistas e otorrinolaringologistas.
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