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Queda de quase R$ 1,5 milhão na arrecadação gera rombo nas contas da Prefeitura de Ouro Branco
Divulgação
Publicado em: 25/03/2017 - 00:00
As últimas
notícias para a área financeira da cidade de Ouro Branco são duras. Os cofres
municipais amargaram uma queda na arrecadação de R$1.469.543,13 nos meses de
janeiro e fevereiro de 2017. Comparando-se aos valores com o mesmo período de
2016, a queda chega a 7,33%.
Segundo
informações da prefeitura de Ouro Branco, a diminuição de recursos de quase R$1,5
milhão se deve a redução de várias receitas como, por exemplo, o Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), entre outros fatores. A queda na
arrecadação com o ISSQN nesse primeiro bimestre de 2017 é muito preocupante e
se deu, principalmente, pela redução da mão de obra contratada pela Gerdau
Açominas a partir de outubro do ano passado.
QUEDA DA ARRECADAÇÃO DO ISSQN |
||||
MESES |
2016 |
2017 |
VARIAÇÃO |
QUEDA TOTAL NA ARRECADAÇÃO DO ISSQN NO PRIMEIRO
BIMESTRE |
JAN |
2.019.700,24 |
1.285.861,86 |
-36,51% |
|
FEV |
1.251.732,76 |
907.519,38 |
-27,50% |
|
SUBTOTAL |
3.271.433,00 |
2.193.381,24 |
-32,95% |
1.078.051,76 |
Receitas em queda e dívidas
E para quem
acredita que não pode piorar, a prefeitura informa que, nos próximos meses, há
previsão de quedas de mais de R$1,2 milhão no Fundo de Participação dos
Municípios (FPM). Apesar do pequeno aumento de R$287.860,45, ou 8,61%, no
repasse ao município no 1° bimestre de 2017, para março a previsão é de queda
na ordem aproximada de 37% (R$754 mil) em relação ao mês de fevereiro de 2017.
Em abril, a previsão de queda é de 25% (R$509 mil), comparando-se também com o
mês de fevereiro.
Em nota, a
assessoria de imprensa do município afirma: "Em vista das dificuldades com a
queda na arrecadação, foi iniciado um intenso trabalho para colocar as contas
públicas em dia. No dia 31de dezembro de 2016, a dívida pública tinha o valor
de R$22.729.285,41. A cifra é resultado da soma da dívida fundada e restos a
pagar de 2013 a 2016. O objetivo do atual governo é pagar, em 2017,
aproximadamente, R$13,7 milhões dessa dívida e parcelar o restante ao longo dos
próximos anos".
Além da
diminuição dos recursos disponíveis para investimentos na cidade e
desenvolvimento dos serviços públicos, a queda na arrecadação interfere na
folha de pagamento devido ao índice do limite prudencial sobre Receita Corrente
Líquida (RCL). Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº
101/2000), o limite prudencial para a folha de pagamentos dos funcionários
públicos é de 51,3% da RCL municipal, índice já ultrapassado pela folha de Ouro
Branco devido à queda na arrecadação nos 11 meses anteriores a janeiro/2017.
Medidas
administrativas
Desde o início do mandato, o prefeito Hélio Campos vem adotando uma série de medidas para controlar as finanças. O Executivo municipal empregou secretariado reduzido, cortou em 50% dos salários do prefeito, vice, secretários e cargos comissionados, proibiu horas extras e adotou ainda outras medidas nos primeiros 60 dias de governo. Além disso, estão sendo mantidos apenas os convênios e contratos essenciais.