Mais Lidas
Leia Mais
Saúde
Aumento do LIRAa acende alerta para dengue, chikungunya, zika e febre amarela
Divulgação
Publicado em: 05/04/2017 - 00:00
Transmitida também pelo mosquito Aedes aegypti, a febre chikungunya tem colocado Minas Gerais também em alerta. A doença, que apresenta fase aguda, subaguda e crônica, chegou ao estado em 2014, e no primeiro trimestre de 2017, o número de casos prováveis registrados no estado é seis vezes maior que o registrado durante todo o ano de 2016. Segundo dados publicados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), em 2017, foram registrados 3.808 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) em todo o estado. Em Lafaiete, nos primeiros três meses de 2017, de acordo com o Comitê de Mobilização contra a Dengue, Chikungunya e Vírus Zika, três casos já foram notificados.
O combate ao mosquito Aedes aegypti foi pauta da reunião do Comitê de Mobilização, realizada na sede do Departamento de Vigilância em Saúde na segunda-feira, dia 27. Foram discutidas, no encontro, as ações já realizadas neste ano, entre mutirões de limpeza, ações educativas e LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti) e o número de notificações de dengue recebidas até o momento.
De acordo com o coordenador do setor de Combate a Endemias, José Elias de Souza, houve um aumento do índice de proliferação do mosquito Aedes aegypti. "No LIRAa realizado em março, foi registrado 0,7% de infestação, sendo que no levantamento de janeiro o índice ficou em 0,5%. O aumento ocorreu devido ao grande acúmulo de água de chuva em depósitos sem tampa, um costume que vem crescendo no município", afirmou, enfatizando que não é proibido acumular água, no entanto, os depósitos devem ser mantidos fechados. "As pessoas que tiverem tambores ou caixas d'água destampadas podem solicitar ao setor, gratuitamente, a tela para vedar os depósitos, a fim de evitar a entrada dos mosquitos e, consequentemente, a postagem de ovos", alerta.
Dengue e zika vírus
A dengue continua à frente nos números em Lafaiete e em todo o estado. Segundo informações da SES-MG, já foram registrados 16.081 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue, em 2017. Desses, um caso veio a óbito e outros 12 seguem em investigação, enquanto o zika vírus, foi 356 casos prováveis no estado. Em Lafaiete, a diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Tatiane Lana, informou, durante a reunião, que apesar do aumento da proliferação dos mosquitos, não houve aumento das notificações de dengue. "Ao contrário, ocorreu uma diminuição em relação ao mesmo período no ano passado. Até o momento o setor recebeu 47 notificações de casos prováveis de dengue, sendo que, em 2016, até esta data já haviam sido registrados 1.027 notificações", relata, destacando a importância de a população não se descuidar, e continuar atenta às ações de prevenção que consistem em não deixar exposto nenhum recipiente que possa acumular água.
Mutirões de limpeza
Além das ações apresentadas na reunião do comitê, o setor de Combate a Endemias realizou em março mutirões de limpeza nos bairros JK, Resende, Carijós e São Sebastião. José Elias informou que foi retirado, por dia, um caminhão de recipientes que poderiam se transformar em criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
A realização do próximo mutirão está prevista para 7 de abril, nos bairros Fonte Grande e Centro. O coordenador destaca que não serão recolhidos materiais como móveis velhos, por exemplo, sofá ou guarda-roupa, tanquinho, tambor, gaiolas entre outros. Somente serão recolhidos depósitos que couberem em sacos de lixo. O Comitê é um dos instrumentos de combate a endemias e conta a participação de representantes de diversos segmentos, entidades públicas e privadas e sociedade civil organizada.