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Ministério do Trabalho determina interdição da barragem Casa de Pedra, em Congonhas


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Frances Elen
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Publicado em: 15/10/2017 - 01:00

O Ministério do Trabalho determinou, nesta semana, a interdição das atividades de operação da barragem Casa de Pedra, da CSN, em Congonhas. Apesar do termo, os trabalhos não foram suspensos, conforme afirma a mineradora.

 

O documento foi assinado por dois auditores fiscais do Trabalho ligados à Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, no dia 11 de outubro. "Fica determinada a Interdição das atividades de operação da barragem Casa de Pedra e de execução de obras de drenagem e de bermas de reforço executadas junto às ombreiras do dique de sela, em razão da constatação da situação de grave e iminente risco", diz o termo.

 

Ainda de acordo com o texto, durante inspeção na barragem de rejeitos da mina, realizada no dia 26 de setembro, e após análise documental, foi constada a existência de "risco grave e iminente", capaz e causar acidentes graves com os trabalhadores que participam da operação da barragem, e também com os que atuam nas "obras de drenagem e de bermas de reforço executadas junto às ombreiras do dique de sela".

 

No mês de agosto, o Corpo de Bombeiros esteve na barragem para apurar suspeita de um deslizamento de terra informado ao órgão pela população que vive a jusante da estrutura. O pedido foi feito pela comunidade diante da preocupação com algum tipo de risco relacionado à barragem, que passa por obras.  As obras no local são de drenagem, para controle de águas, e de terraplenagem, para recomposição e proteção do terreno contra processos erosivos.

 

A mineradora tem 10 dias para recorrer da interdição e a suspensão dela poderá ser solicitada, desde que sejam adotadas as medidas de proteção da segurança impostas pelo Ministério do Trabalho, entre elas, a instalação de sirenes junto às comunidades próximas à barragem, com sinalização de rotas de fuga, pontos de encontro e realização de simulação de emergência com a população de Congonhas e Jeceaba. Outra medida é a "elaboração de um novo relatório técnico que comprove a estabilidade da BCP após o término das obras, inclusive quanto à liquefação estática e dinâmica".

 

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