Carrapatos, aranhas e muitas, muitas pulgas. Segundo os moradores da rua Pacífico Vieira, no São Sebastião (zona oeste), são esses os vizinhos indesejáveis que resolveram se abrigar no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e já causam problemas de grandes proporções nas redondezas. Com medo de doenças e não suportando mais os transtornos, eles pediram a presença do Jornal CORREIO e revelaram o drama que passaram a vivenciar desde 2006, quando a unidade foi instalada na área urbana da cidade. A solicitação já foi expressa, inclusive, em um abaixo- assinado, que segundo afirmam, já ultrapassa a marca de 200 assinaturas e será entregue ao Ministério Público, com o pedido de providências.

CCZ responde:

Em resposta a matéria publicada, na edição desta semana, na página 12, com o título ?Infestação de pulgas inferniza a vida de vizinhos do CCZ?, a Coordenação  do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) esclarece que: ?o local escolhido pelas gestões anteriores para alocar o Centro de Zoonoses não é o adequado, por se situar em área residencial e por carecer de toda a estrutura necessária para abrigar grande quantidade de animais; neste ponto, solidariza-se com os vizinhos e assiste-lhes razão, em parte, a respeito das reclamações ora apresentadas. No entanto, várias melhorias vêm sendo empregadas, deste o início desta gestão, no sentido de minimizar as intercorrências geradas pelo CCZ; entre elas, a melhoria do acesso, capina regular e eficaz, e está sendo providenciado o afastamento da divisa conforme solicitação realizada pelos próprios moradores do entorno.

Em relação à sujeira e incineração irregular de carcaças, tal denúncia não procede, pois a manutenção é constante e todos as carcaças são recolhidas por uma empresa contratada para esta finalidade para que seja deda destinação conforme à legislação.

Sobre a infestação de pulgas, o fato alegado é verdadeiro. O setor passa por dedetizações semestrais, que são realizadas por empresa terceirizada contratada por procedimento licitatório encarregada de prestar serviços a todos os departamentos do município; mas este ano temos enfrentado uma incidência de pulgas maior que o normal para o período (ressalta-se que o tempo seco contribui para a propagação deste tipo de praga). Desde julho tem sido feitas aplicações de diversas formulações para combater o problema, mas só nos últimos dez dias é que obtivemos o controle da situação; desta forma o problema que atingia o CCZ já foi controlado.

Em relação ao fato de animais se alimentarem de outros, isto pode eventualmente acontecer pois os animais adotam uma hierarquia de matilha (comportamento absolutamente normal), por isso, a introdução de novos animais deve ser feita de forma criteriosa e mediante observação para que possa ser verificado se este animal será aceito pelo restante do grupo. Acontece que, por vezes, pessoas irresponsáveis jogam animais pelos muros do CCZ na intenção de abandoná-los. Este animal, muito provavelmente será visto como membro fraco do grupo pois é certo que apresentará sinais de medo, a matilha, então o eliminará. Este comportamento não é devido à falta de alimentação adequada, mas sim a atitudes criminosas de alguns.

Esclarecemos também que nunca encontramos cobras ou aranhas nas dependências do setor, e achamos improvável que estes animais lá se abriguem devido à presença constantes de cães e de pessoas. Quanto aos latidos, não há o que ser feito, pois trata-se de um comportamento natural. Por fim, esclarecemos que concordamos com os moradores quanto à mudança do local de instalação do CCZ, mas no momento, o município não dispões de outro local com estrutura adequada para imediata mudança e nem dispõe de dotações orçamentárias para construção de uma nova sede. Resta-nos apenas nos esforçar para prestar o melhor possível, dentro das limitações enfrentadas.?

A nota é assinada por Lidiane Cristina de Oliveira, gerente de Vigilância Ambiental .

Leia a matéria completa na edição impressa, que estará nas bancas a partir deste sábado, dia 21 de outubro.