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Congonhas: professora da rede municipal de ensino participa de documentário sobre educadoras transexuais


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Edmilson Dutra
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Publicado em: 13/06/2018 - 00:00

Congonhas é uma das cidades brasileiras que está participando do projeto "Educação em Transição", de autoria dos jornalistas Vanessa de Sá e Toni Pires e realizado por meio do Centro Europeu de Jornalismo, com recursos da Fundação Bill e Melinda Gates. O trabalho acompanha a vida de professoras transexuais do Brasil e de outros países sul-americanos e tem o intuito de mostrar como as escolas estão se tornando ambientes inclusivos, humanos e proporcionando a cidadania. Os profissionais estiveram no Município nesta terça-feira, 12, para conversar com a professora da creche Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, Leona Freitas.

A produção vai gerar diversos formatos jornalísticos. Serão produzidas reportagens para veículos nacionais (Folha de São Paulo e UOL) e internacionais (The Guardian e Global Voices). Um documentário e stotytellings também serão desenvolvidos. Além de Minas Gerais, o trabalho será desenvolvido nos estados do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, e também na Argentina e na Colômbia.

Segundo a jornalista Vanessa de Sá, em nenhum país do mundo é dada visibilidade às educadoras transexuais. Para ela, Congonhas é um diferencial. "Fiquei meses pesquisando personagens que pudessem compor o nosso projeto. Cheguei à Leona porque vi em um site regional uma dissertação de mestrado sobre ela. Queremos fugir um pouco dos grandes centros urbanos. A história de Congonhas é justamente por ser uma cidade pequena. É bastante pioneiro encontrarmos a inserção de uma profissional trans dentro da educação de uma cidade tão pequena. Em contato com a Secretaria de Educação, fomos bem recebidos. Queremos mostrar que a escola está mudando e está se abrindo para uma nova realidade", observa.

Para a professora Leona Freitas, esta é uma forma de romper barreiras. "É uma forma de mostrar que professoras trans estão aí para ocupar espaços que, até então, eram inimagináveis. Existe um prestígio social em ser professora. Me sinto guerreira, corajosa e transgressora. Em Congonhas é muito tranquilo. Fui muito bem recebida. É claro que existe estranhamento à princípio, mas só tenho que falar bem", reforça.

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