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Polícia
Diretor da Apac desmente suspeita de envenenamento na associação
Divulgação
Publicado em: 19/06/2018 - 00:00
A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) voltou a ser notícia na imprensa neste fim de semana. Foi veiculado em um meio de comunicação que um interno teria tentado envenenar outros recuperandos nas dependências da Apac, adicionando ao café uma substância tóxica. Ainda segundo a nota, por este motivo, sete internos foram devolvidos ao sistema prisional convencional.
Nossa Reportagem entrou em contato com o diretor da associação, major Marco Antônio, para esclareceu os fatos: "É claro que não [houve tentativa de envenenamento]. Veneno é letal. O que houve na semana retrasada, no dia 6 de junho, foi que um recuperando serviu café com uma garrafa térmica que estava sendo lavada e continha detergente. Por precaução, levamos os recuperandos ao Pronto-Socorro, mas sem nenhuma gravidade. Usar a expressão veneno é alarmar. Não teve nada de veneno. Jornalismo exige responsabilidade. Falar em veneno é improcedente", rechaçou.
O major explicou, ainda, o motivo das transferências. "Na sexta-feira, dia 15, o doutor Paulo Roberto, juiz da 2ª Vara Criminal, convocou para uma reunião no Fórum a Defensoria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Apacs feminina e masculina. Na oportunidade, foi discutida a ação criminosa de resgate na Apac. Cada representante institucional emitiu opiniões, tanto no sentido de apurar a responsabilidade dos autores, como criar meios para evitar casos correlatos, em uma comunhão de esforços de todas instituições", afirma.
Ainda segundo o major, a transferência de alguns recuperandos com históricos que poderiam resultar em possibilidade de ocorrências correlatas foi uma das sugestões elencadas e aprovadas. "Ficou acertado que as escoltas dos recuperandos seriam realizadas no sábado, pela manhã por equipes da Seap, com apoio de guarnição da Polícia Militar. Tudo ocorreu normalmente, sem resistência, inclusive, os recuperandos informados do motivo da conveniência da transferência", explica.
Na lista dos sete transferidos, foi incluído o recuperando que havia praticado uma falta considerada grave ao servir café para os recuperandos sem ter a cautela de verificar que a garrafa continha detergente. "Todos os fatos foram informados a quem de direito e a Apac segue normalmente com a missão de ressocializar, utilizando como instrumento a valorização humana, exatamente o que prevê a Lei de Execuções Penais (LEP)", finaliza.