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Monumento em homenagem aos profissionais ferroviários faz jus à história
Divulgação
Publicado em: 04/07/2018 - 00:00
Em 2006, entre várias homenagens aos ferroviários, o então Departamento Municipal de Trabalho, Emprego e Renda realizou a inauguração do Memorial "Monumento ao Ferroviário", situado na avenida Monsenhor Moreira (em frente ao Bar Quereres), bairro São Sebastião (zona oeste).
A iniciativa teve como objetivo resgatar a memória do profissional ferroviário e seu trabalho em prol do progresso da cidade. No convite para a festividade, lia-se a seguinte inscrição: "Ser ferroviário, ontem, era ser responsável pelo latejar da região que crescia e aflorava para o desenvolvimento. Ser ferroviário, hoje, é ser responsável pelo futuro da região."
A homenagem se justifica na rica bibliografia histórica do avanço ferroviário que cita Conselheiro Lafaiete, em diversas passagens. A estrada de rodagem União e Indústria, inaugurada em 1861 e ia desde Petrópolis até Juiz de Fora. O Barão de Mauá lutou a todo custo para que a ferrovia Dom Pedro II não chegasse a Entre Rios, pois prejudicaria , como prejudicou, os interesses da sua Estrada de Ferro Mauá. Com a ponta dos trilhos em Entre Rios, completara a "D. Pedro II" 197 quilômetros e logo foi feito o prolongamento até Porto Novo do Cunha, sendo inauguradas as seções até Santa Fé e Chiador no dia 27 de junho de 1869; até Sapucaia no dia 20 de janeiro de 1871, e Ouro Fino, Conceição e Porto Novo, no dia 6 de agosto de 1871, que ficou sendo o ponto final do ramal. Porém, a partir de Entre Rios, as obras continuaram na direção do Rio das Velhas pelo Vale do Paraibuna, para alcançar Juiz de Fora, a 275 km da Corte. Em 1874, os trilhos atingiam Serraria e Paraibuna no dia 10 de setembro.
A linha progrediu de Juiz de Fora para Santos Dumont, chegando ali em 1877, Barbacena em 1880 e Queluz de Minas (atual Conselheiro Lafaiete) em 1883. Ali terminava a bitola larga e, daí em diante, se iniciava a bitola métrica, avançando depois pelo vale do rio das Velhas. Em 1.º de Janeiro de 1888 era inaugurado o Ramal de Ouro Preto em bitola métrica, depois chamado de Ramal de Ponte Nova, que saía da estação de São Julião (atual Miguel Burnier) que havia sido alcançada em 1887, entre Queluz de Minas e Itabirito.
A bitola larga da Central só chegou até Conselheiro Lafaiete com a construção da Variante do Paraopeba em 1920. Com a Proclamação da República, a "D. Pedro II" passou a denominar-se "Estrada de Ferro Central do Brasil".