25º
Cons. Lafaiete

Pescadores de Lafaiete viajam 760 km pelo Pantanal


Divulgação



Publicado em: 25/07/2011 - 11:45

O grupo chegou já à noite ao barco Hotel São Lucas, de propriedade de Rodrigo Martinele, ancorado às margens do belo rio Cuiabá, e descarregou as tralhas. Logo após o banho, fomos jantar e iniciamos nossa viagem pelo Pantanal. De início, a idéia era subir um pouco o Cuiabá e pescar na “boca” do rio Piquiri, mas por causa do mal tempo, que cismou em aparecer, decidimos em comum acordo com o proprietário, descer o rio até um local chamado “Sete de Setembro”. Naquela mesma noite, conhecemos todo o barco, os camarotes, para duas pessoas, com nomes de peixes de aves, como pintado, pirarara, dourado, pacu, entre outros. O domingo foi dedicado à pesca no Cuiabá e, já à noite, depois de atravessar a reserva do Carcará, chegamos na “boca” do Cuiabá com o Paraguai. Embora à noite, foi possível ver a beleza do local. Na manhã seguinte, já estávamos na famosa baía Gaíva, um verdadeiro mar em pleno Pantanal. Pescamos no local durante toda a segunda-feira e seguimos nossa aventura com destino à cidade de Caçares, no Pantanal Norte.
Outro ponto que merece um destaque especial foi a pescaria próxima à reserva do Caiamã, um dos locais mais lindos do Pantanal. Foi nessa parte que ocorreram dois ataques da perigosa onça pintada. Num dos casos, em 2008, um nativo da região foi morto por um casal de onças. O rapaz, de 22 anos, estava “chapado” em sua barraca, quando sofreu o ataque. Em outro caso, de 2009, um rapaz de Juatuba, perto de Belo Horizonte, que pescava no mesmo barco hotel de nossa aventura, foi atacado quando pescava num barquinho nas margens do rio. Ele só não morreu porque não era seu dia, mas o ataque deixou seqüelas graves em seu corpo.
Diante dos comentários e do medo que tomou conta de todos nós – ninguém queria pescar perto da margem e nem urinar – ficamos na expectativa de ver um desses animais de perto. Apesar de o objetivo comum ser a pesca, em nosso íntimo, queríamos ver de perto a pintada. E não deu outra: navegando perto da reserva, chegou a notícia de que um de nossos barcos tinha avistado uma onça. Todos os piloteiros aceleram os motores rumo ao local, já dentro da reserva. Para nossa surpresa, uma onça já adulta “veio” nos visitar e posar para uma infinidades de câmeras. Fizemos fotos de vários jeitos e focos e, ainda, jogamos algumas piranhas para o animal, que não se fez de rogado e as degustou. Foi um momento marcante e o consideramos como nosso verdadeiro troféu. O peixe passou a ser uma questão irrelevante. Nossa pescaria continuou até a Cáceres, onde chegamos na noite de sexta-feira, dia 30, e seguimos viagem de volta. Pegamos muitos barbados, mandubés, pintados, piranhas, entre outros e a grande maioria foi solta como manda o ritual do bom pescador. No final, já no bar Globo, na rodovia 040, agradecemos a Deus pela oportunidade única e fizemos a divisão dos peixes.
Fizeram parte da turma dos “O Quê” os seguintes companheiros: Anésio Tavares Rezende, Carlos Magno Tavares, Geovany Rodrigues da Silva, Helio Ciríaco, Helton Antonio Ribeiro, Jairo Bittencort, João Batista Lobo Junior, João Paulo Pyramo Bittencourt, José do Carmo Guilherme, Leonardo Augusto Nogueira do Nascimento, Luiz Fernando de Andrade, Luiz Flávio Villela, Luiz Ramalho Almeida, Mauro Lucio da Silva, Mauro Moreira Miranda, Robson Geraldo Silveira e Silva, Tarciso Miguel Lobo e Walter Luis Alves Corrêa.

 
 

 

Mais notícias

Vídeos