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O Jubileu 2018 fortaleceu os laços fraternais e religiosos existentes entre Matosinhos e Congonhas
Divulgação
Publicado em: 17/09/2018 - 00:00
Pe. Rosemberg, conhecido por animar esta festividade, realizada durante 8 dias, com sua alegria, afirma que "as pessoas participam do Jubileu do Bom Jesus, de forma emocionada, dobrando os joelhos diante de Deus porque elas têm esperança, é bonito demais. Este ano recebemos a benção de poder contar no encerramento com o Pe. Manuel Mendes, porque a devoção ao Bom Jesus começou em Matosinhos há 800 anos e aqui a 261. Isso nos une ainda mais e d demonstra a universalidade da Igreja".
O Cônego Geraldo Leocádio, Reitor da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, deu um forte abraço no Pe. Mendes ao final da missa e declarou: "Abraço o senhor como Congonhas abraça Matosinhos. Que o Bom Jesus nas duas cidades nos proporcione muita paz".
O Vigário lusitano afirmou: "Ter estado pela primeira vez do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos me deixou a imagem deste ambiente de grande devoção das pessoas em volta do Bom Jesus. Há algumas coisas que me interpelaram e me lembraram de que lá devemos propor mais algumas ações e gestos, que até agora não o fizemos. Fiquei com muita vontade de recriar lá algumas dimensões que ajudem a uma ligação mais forte das pessoas com o Senhor de Matozinhos, à devoção e a uma centralização de Cristo. Em Portugal como em toda a Europa, o laicismo foi mais rápido do que no Brasil. O povo brasileiro continua a ser mais religioso do que o da Europa em geral. Há também essa verdade de que, em Portugal, Nossa Senhora de Fátima possui uma forte ligação com o povo. Aquilo que se vê aqui vê em Congonhas com o Senhor de Matosinhos, nós conseguimos ver em Fátima, mas é só em Fátima. Temos de tentar aprender alguma coisa que nos volta lá atrás a esta força que vem do coração e que nos faz confiar mesmo no Senhor de Matosinhos".
Este fervor em torno da fé ao Bom Jesus, manifestada o ano todo por congonhenses e visitantes, intensifica-se entre 7 e 14 de setembro por ocasião das celebrações religiosas da programação do Jubileu. O congonhense faz questão de subir a Ladeira para acompanhar as celebrações, como romeiros de cidades vizinhas ou mais distantes contam os meses e dias para retornem ao Santuário de Congonhas. Luzia Ribeiro, de Conselheiro Lafaiete, vem ao Jubileu desde criança. "Meus pais sempre nos trouxeram, então desde aquela época minha fé no Bom Jesus só aumenta. Desta vez vim até de moto, estava atrasada, mas não deixo de render homenagens a Ele. Entre as graças que recebi, está a de ter conseguido tirar minha carteira de habilitação", testemunha.
Sérgia Maria, do Grand Park, assiste às missas do Jubileu sempre que é possível. "Percebo que a fé está sim em alta, para nós de Congonhas é mais fácil, mas conversei com diversas pessoas que vieram de longe em caravana, passaram a noite na estrada e ficaram o dia inteiro na cidade, pedindo uma graça ou agradecendo porque já a alcançou. Gostei também de ouvir o padre de Portugal dizer que ficou admirado com nossa fé", comentou.
Uma comissão designada pelo prefeito Zelinho cuida de tudo para que congonhenses e romeiros tirem o melhor proveito das celebrações religiosas e do comércio que se instala em regiões próximas ao Santuário. São cerca de 200 servidores zelando para que a ordem seja mantida na cidade, mesmo com o fluxo de cerca de 300 mil pessoas neste período ampliado que vai de 7 a 23 de setembro.
O primeiro Jubileu data de 1780 quando romeiros, atraídos pela cura do português Feliciano Mendes após este ter prometido ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos a construção do templo católico, começaram a visitar Congonhas. A igreja e todo o conjunto arquitetônico, no entanto, só ficaram prontos muito depois de sua morte, que ocorreu em 1765. Apenas a partir de 16 de julho de 1957, quando o Papa Pio XII reconheceu a Igreja como Basílica, é que a festa ganhou o status de Jubileu.