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Rua no São João causa revolta em moradores


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Publicado em: 27/09/2011 - 18:52

 

 

Residente na rua Expedicionário Jaime Dias há quatro anos, o professor Antônio Helvécio de Almeida, 58, conhece os problemas de cor: “Já chamei quatro vereadores e o secretário de Obras para conhecerem a situação. Conversei com o prefeito José Milton. Moram nesta rua pessoas idosas e gestantes. Minha esposa, por exemplo, está grávida. Se ela entrar em trabalho de parto num período chuvoso, terei que fazer o parto dentro de casa! Nem ambulâncias, nem carros, chegam aqui; a rua não tem acesso. Agora, guia de IPTU chega direitinho na porta de nossas casas”, frisa.

Para a diarista Franciane Gisele de Souza Silva, 22 anos, a iluminação deficiente é um dos problemas principais: “À noite, esse lugar fica muito perigoso. Outro dia mesmo eu estava saindo à noite e tinha um casal aqui na escada. Costumam ser pessoas estranhas; que usam drogas”, conta. A iluminação também é alvo de reclamações por parte de Márcia Maria de Souza, 40 anos: “É muito perigoso descer à noite. Fico com medo, principalmente pelos meus filhos. É escuro e há insetos por causa dos lotes cheios de mato”, afirma.

O entregador Fábio Santos Souza da Silva, 28 anos, também enfrenta aos mesmos problemas há 10 anos: “Quando chove, desce muita água misturada ao lixo. Um muro já caiu, e se estivéssemos dormindo, teríamos morrido. Isso sem contar nos bichos, gambás, ratos e cobras. Ninguém nos ajuda a resolver o nosso problema”, lamenta. O professor Helvécio também já teve problemas por causa do lixo em lotes vagos: “Outro dia, matei um urutu – cobra que mata ou aleija com o seu veneno. Já vimos barbeiros, que como todos sabem causam a incurável doença de Chagas. Esgoto e água de chuva se misturam aqui em embaixo, provocando um sério problema de saneamento. Foi o morador mais antigo da rua que fez uma escada aqui. Houve um período em que eu fui obrigado a mudar de casa por motivo de desabamento”, lembrou.

Sem poder levar sua moto até a sua casa, o pedreiro Edson Anatólio de Souza Silva, 24 anos, se vê obrigado a alugar, em época de chuvas, uma garagem. “Além disso, as pessoas jogam lixo aqui. Até mesmo alguns lixeiros empurram o lixo para baixo. Nós já procuramos a Prefeitura, já fizemos abaixo-assinado. Até hoje, não temos resultado nenhum”, completa.

Michelle Cristina, 28 anos, lembra que não há uma placa avisando que rua é sem saída. Já a cuidadora de idosos, Maria Luzia de Souza, enfrenta, há 12 anos, problemas na época de chuvas: “A água pode atingir o meu muro, fazendo com que ele caia. Motoristas de vans têm medo de descer a rua e, com isso, as crianças têm que subir lá na esquina”, destaca. Para a diarista Janaína Alessandra do Carmo, 32 anos, o medo de Maria é justificável. “O meu marido, Adair, de 38 anos, caiu da minha casa e foi parar lá embaixo. Machucou muito a cabeça. O acesso aqui é muito complicado e a minha casa já está dando problema de novo porque a terra está cedendo”, afirma.

A dona de casa Édia Rosália de Souza Silva, 45 anos, teme pela segurança dos seus filhos: “Quando chove, a situação fica terrível, por causa das enchentes. Uma vez o barranco cedeu e caiu na minha casa; quase matou meus dois filhos. Além disso, muitos ratos entram no meu barraco e não dão sossego. Pelo amor de Deus, precisamos que isso seja resolvido”, desabafa. Lair Cireno da Silva, 54 anos, cobra a abertura da rua: “Não dá para esperar quieto até a próxima temporada de chuvas. Estou tentando ver se faço um muro aqui, mas não vai ter jeito de chegar com material. Precisamos de ajuda urgente”, cobrou.  A Prefeitura foi comunicada, via ofício, das reclamações dos moradores.

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