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Integração de projetos em prol da sustentabilidade
Divulgação
Publicado em: 28/05/2010 - 18:22
O objetivo da apresentação foi atrelar o Plano Diretor, que é um dos nossos instrumentos de gestão junto com o Sistema de Informações (SIG), às discussões para a Elaboração do “Plano Metropolitano da RMBH - Integrando forças para um planejamento permanente”.
O diretor geral da Agência Metropolitana, José Osvaldo Lasmar, representantes do IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas), Copasa, CIBAPAR, dentre outros setores estiveram presentes.
Durante as falas dos participantes, uma unanimidade: não há como fazer política pública das águas sem pensar em conjunto, somando as informações dos estudos das agências, comitês e Estado, bem como o direcionamento de ações pontuais de recuperação para a reversão paulatina e contínua do atual quadro.
Foram abordadas realidades distintas da Bacia do Paraopeba, tais como os epicentros de recuperação, proteção e conservação, além da situação da qualidade das águas, com a presença de carga orgânica (esgotos) e metais pesados em diversos pontos, resultante de efluentes industriais, tais como cromo, chumbo, cádmio, etc.
“Inclusive pude observar recentemente um estudo a respeito de doenças em uma cidade do Sul de Minas, as quais se manifestaram principalmente em populações ribeirinhas, o que comprova a incidência destes tipos de efluentes nos nossos rios”, pontuou Cleide Pedrosa, diretora Geral do IGAM.
No que diz respeito à quantidade das águas, baseado no índice de utilização, de uso internacional, o sinal de alerta foi dado pelo palestrante, em virtude da incompatibilidade entre oferta e demanda em vários pontos, principalmente nas bacias do Maranhão e Serra Azul, as quais juntas abrangem dez municípios. Nestas regiões a situação pode ser considerada critica, com possibilidade de falta de água em um futuro próximo caso não ocorra um plano de ações e investimentos de curto prazo.
Mas segundo Mauro, há ainda esperança: “Em virtude desta situação, priorizamos no Paraopeba o Cadastramento de Usuários destas bacias que se encontram em estado de alerta, para que os possíveis investimentos ocorram prioritariamente nestas regiões. O banco alemão KFW, que, por meio do Estado, financiará obras de saneamento na ordem de 120 milhões de euros, será uma grande ajuda na recuperação das condições do Paraopeba, porém, mesmo assim, este pode ser considerado um investimento baixo diante da atual necessidade.
"Defendemos ainda a bandeira da descentralização e das tomadas de decisão na política pública das águas, com a formação de sub-comitês, espalhados pela região do Paraopeba, e do CIBAPAR contribuindo na execução das competências de Agência de Bacia para um melhor direcionamento dos recursos de recuperação, já que estamos intimamente próximos e ligados à realidade das águas em que o consórcio está inserido”, concluiu.