Foi levado a júri popular na quarta-feira, dia 6 de novembro, e condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado, Webert da Cunha. O réu é acusado de ter matado Eder Carlos de Souza, Edinho, e tentado contra a vida de Adilson Teodoro da Silva.
O caso foi registrado por volta das 12h de 11 de março de 2018, no bairro Triângulo II (região sudoeste). Segundo a denúncia apresentada na época, o denunciado, empregando recurso que dificultou a defesa de Éder, e por motivo torpe, desferiu golpes de faca contra a vítima, provocando uma lesão, que causou sua morte.
O réu foi preso em flagrante no dia dos fatos. Desde então, se encontrava preso preventivamente. A acusação a cargo do promotor de Justiça Fábio Ordones Martins da Costa, pediu a condenação do réu nos termos da pronúncia. A defesa foi feita por Isabela Salomão Silva. A defensora pública sustentou as teses de legítima defesa em razão da alegação do réu. Desclassificação para lesão corporal seguida de morte e subsidiariamente o decote das qualificadoras. Votando os quesitos, sempre por maioria, o Conselho de Sentença afirmou a materialidade e a autoria, negou absolvição no quesito obrigatório, bem como negou o quesito defensivo da tese de desclassificação para lesão corporal seguida de morte.
Conforme a sentença proferida pelo juiz Paulo Roberto da Silva, o réu agiu com dolo regular inerente ao tipo penal. Sua sentença, então, foi fixada em 15 anos de reclusão, em regime fechado.

Relembre o caso

Eder Carlos de Souza estava junto com um colega quando foi surpreendido por Webert no km 266 da linha férrea, na altura da ocupação Tri­ângulo II. Às 12h05 do domingo, dia 11, quando os militares chegaram ao local, o Samu já prestava atendimento, constatando o óbito de Edson. A outra vítima, Adilson, também já estava sendo atendida pelo Samu em outro ponto do bairro.
De posse das características do Webert, os militares fizeram um rastreamento e o localizaram ainda no bairro Triângulo, com a faca utilizada no crime. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia, onde ficou à disposição da autoridade responsável. Ouvido pelos policiais, o acusado revelou que já havia tido uma discussão em tom de ameaças de morte com Edson. Nessa data, os dois se encontraram e iniciaram uma luta, resultando no golpe fatal. Adilson teria tentado defender o amigo e também foi golpeado.