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Pescaria em Paso de La Pátria, na Argentina
Divulgação
Publicado em: 17/11/2011 - 13:17
Planejamento
A viagem aconteceu por indicação da empresa paulista BFT – Brasil Fishing Tour e com ela foram feitos inúmeros contatos via e-mail e por telefone para tratar de todos os detalhes da viagem. Esta empresa foi presença constante em toda a viagem, através de seu proprietário, que fez parte da turma e cumpriu muito bem tudo o que foi prometido no pacote. Havia também sido realizada uma reunião intermediária entre os pescadores para acerto da tralha e outras providências para a pescaria. O pacote incluía as passagens de avião de BH para São Paulo e de São Paulo para Foz do Iguaçu e ainda o trajeto rodoviário de Foz para Paso de La Pátria. Em Foz estava incluída uma diária no Hotel Rafaim, um transfer ao Paraguai para compras e jantar com direito a um show da região. Já na Argentina, teríamos hospedagem no Hotel Jardin Del Paraná, com pensão completa e bebida liberada (cerveja, refrigerante e água), inclusive nos barcos. Incluidos também estavam as lanchas e seus piloteiros, gasolina sem limite de gasto e 36 iscas de tuviras por dia, por embarcação. Na programação ainda constava uma ida a Corrientes para um jantar e uma visita ao cassino da cidade.
Viagem
O pessoal de Lafaiete (Silvestre, Zé do Carmo e Luiz Ramalho), foram levados ao Aeroporto de Confins pelo Ronaldo (Rei do Rio), que, gentilmente, se dispôs a levantar cedo para esta tarefa. O Ariel (que mora em BH) e o Rafael e o Ramom que vieram para BH na véspera, se encontraram com os demais no balcão da TAM perto das 05h, onde fizemos o check-in e despachamos as bagagens. De BH para São Paulo, a viagem foi tranqüila, apenas com o desconforto de termos que sair muito cedo em função da programação de vôos da TAM neste dia. Chegamos a Guarulhos às 07h15 do sábado, 29/10, e tivemos que esperar o próximo vôo para Foz que aconteceria somente às 13h15. Compensamos a espera em um restaurante próximo ao aeroporto, tomando umas geladas e comendo tira gostos variados. Perto da 11 horas voltamos ao aeroporto e nos juntamos à turma de São Paulo, mais 24 pescadores, compondo o grupo de 30 pessoas, denominado “Grupo do Vanderley” (este grupo se mostrou coeso e nos proporcionou a oportunidade de fazer muitas amizades durante a semana de pesca). Na viagem de São Paulo para Foz do Iguaçu “o bicho pegou”: em função de uma tempestade muito forte que estava sobre a região, a dificuldade foi enorme para transpô-la, com o avião balançando muito e preocupando a todos os passageiros. Felizmente a habilidade do piloto foi grande e conseguimos pousar sãos e salvos debaixo de muita chuva na bela cidade paranaense que faz fronteira com o Paraguay e a Argentina.
Em Foz do Iguaçu
Do aeroporto, fomos transferidos para o Hotel Rafaim, muito bom por sinal, onde nos hospedamos, tomamos banho e saímos para jantar em uma churrascaria, indo depois a um show típico da região junto com muitos outros sul americanos de diversas nacionalidades. Terminado o show voltamos ao hotel e na manhã seguinte, após um excelente café, fomos levados ao Paraguay onde pudemos fazer algumas compras. Voltando do Paraguay, trocamos de ônibus, almoçamos em um restaurante de comida italiana e rumamos para Paso de La Pátria, nosso destino final.
A pousada
Chegamos domingo à noite em Paso de La Pátria, cidade bem pequena da província de Corrientes, cuja economia é voltada totalmente ao turismo, principalmente da pesca e da praia do rio. São incontáveis as lindas casas de veraneio utilizadas principalmente nos finais de semana por seus proprietários. Nos hospedamos no belo Hotel Jardim Del Paraná. Trata-se de uma pousada muito agradável e bonita e com comida farta, embora o tempero seja muito diferente do nosso e algumas comidas não foram muito do agrado de todos. Bebemos cervejas das marcas Quilmes e Budweisser, além da nossa tradicional Brahma e refrigerantes Pepsi, Seven Up e Mirinda, além de água mineral (um pouco salobra, mas “bebível”).
Pescaria
No dia seguinte, bem cedo, iniciamos a preparação do material para a pescaria, sendo-nos apresentado os piloteiros (que, por coincidência, tinham o mesmo nome: Martin.) Ficamos bastante impressionados com o tamanho e o conforto da lancha, com a habilidade dos piloteiros e também com a beleza do Rio Paraná, muito largo e com algumas correntesas bem fortes. Grande parte da pescaria se desenvolveu em frente à foz do Rio Paraguai, ou seja, no local onde este rio se encontra com o Paranazão. O transporte de cargas por via pluvial é comum na região, sendo que presenciamos várias e enormes embarcações, principalmente saindo da Argentina com destino ao Paraguay, carregando milho, soja, combustível e containers de mercadorias. No primeiro dia não pegamos muita coisa, mas foi de bom aprendizado para os dias seguintes.
No segundo dia o Ramon conseguiu pescar dois dourados e o Luiz Ramalho também pescou um que pesou oito quilos. No terceiro dia, que foi o mais produtivo, o José do Carmo e Ariel pescaram um dourado cada um e o Rafael conseguiu fisgar um que pesou 6,5 quilos. Interessante que essas ações aconteceram apenas após o almoço, que foi realizado pela pousada em uma casa sita à beira do rio, reunindo todos os pescadores, o que foi bastante agradável e integrante e onde tomamos contato com a famosa carne argentina, suculenta e farta. No quarto dia de pescaria os peixes sumiram e tivemos poucas ações sem qualquer destaque. Nesta noite, também como parte do pacote, formos levados à cidade de Corrientes, capital da província que tem o mesmo nome, para jantarmos o famoso “bife de chorizo” e fazermos ainda uma visita ao Cassino. Foi uma noite bastante agradável e ficamos bastante impressionados com a quantidade de variações de jogos e também com o grande número de jogadores tentando a “sorte” no local.
No último dia, combinamos para comer um dourado assado, também às margens do rio, ficando cada barco com o compromisso de fisgar o nosso “almoço”. Os piloteiros trocaram os números de telefone celular para que avisassem um ao outro para que não fosse morto mais que um peixe (toda a pescaria foi realizada na modalidade pesque e solte). O barco do Zé do Carmo, Ariel e Luiz Ramalho optou pela pescaria de rodada e também se dedicou à pesca de piapara e o barco do Silvestre, Rafael e Ramon foi para a pesca na modalidade de corrico. Era um compromisso muito sério, pois caso não se pegasse o peixe, não haveria o desejado almoço. Após algumas tentativas, o Rafael conseguiu fisgar um belo dourado de 11 quilos, que foi muito festejado por todos nós. Mais ou menos ao meio dia, paramos na beira do Rio e, para nossa surpresa, o piloteiro Martin, do barco do Silvestre, pediu ao seu filho, Mário, que fosse por terra, de carro, até o local escolhido, levando todo o material necessário para o evento. Ao chegarmos lá tínhamos à nossa disposição, mesas, cadeiras, grelhas, enfim, tudo o que precisávamos para o almoço. O peixe foi preparado com sal e limão e foi feito um molho com cebolas, tomates e outros condimentos que o piloteiro não revelou e que o tornaram absolutamente delicioso. O peixe foi assado com maestria e comido com pão e com o molho citado acima. “Foi o melhor peixe que consumi em toda a minha vida”, era o que se ouvia de todos os pescadores após o almoço.
O retorno
No último dia, após o delicioso almoço no mato, embora ainda tivéssemos a tarde toda para pescar, optamos por ir ao hotel nos preparar para a viagem de volta. Desmontamos os equipamentos de pesca, arrumamos a bagagem, fizemos ainda uma última visita ao povoado de Paso de La Pátria e, após o jantar, por volta das 22h iniciamos o nosso retorno. Chegamos a Foz do Iguaçu às 07h30 e, depois de um café da manhã na cidade, retornamos à fronteira com a Argentina para mais algumas compras no Duty Free Shopping, onde foram adquiridas principalmente bebidas destiladas, chocolates e presentes. Nosso vôo saiu de Foz às 13h40 com destino a São Paulo, onde chegou por volta das 15h, desta vez sem qualquer problema. Nos despedimos dos paulistas, recolhemos a nossa bagagem e a despachamos novamente no avião das 16h40 com destino a BH. Chegamos por volta das 18h, onde o Valter Bigode nos esperava para nos levar para Lafaiete. O Ariel ficou em BH e o Rafael e o Ramon seguiram para Ipatinga. Assim terminou a nossa aventura, já sonhando em fazer algo semelhante no ano que vem. Foi uma viagem muito agradável, com uma excelente turma e uma excelente empresa de turismo da pesca a quem agradecemos a seriedade e competência.
José Silvestre Vieira
Aposentado e pescador