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Moradores querem mudanças no trânsito da travessa Júlia Delfina


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Jornal Correio
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Publicado em: 05/12/2019 - 08:55

A falta de segurança no trânsito em uma estreita, mas movimentada travessa no bairro Santa Efigênia, na região central de Lafaiete, tem sido motivo de preocupação entre alguns motoristas e moradores do entorno. Segundo relata o engenheiro de Segurança do Trabalho Gilberto Gonçalves, o sentido de circulação dos veículos na travessa Júlia Delfina passou por duas mudanças drásticas no último mês, mas o quadro de momento não inspira segurança. Por esse motivo, ele esteve pessoalmente no Departamento de Trânsito, onde entregou um requerimento com alguns questionamentos: “No início de novembro, transformaram a travessa Júlia Delfina em mão única. Dias depois, voltaram a autorizar o trânsito em mão dupla. Queria saber qual foi o critério adotado por esse Departamento para realizar tais mudanças. Houve algum estudo técnico para as mudanças de sentido da via?”, questiona.
Conforme situa Gilberto Gonçalves, a travessa Júlia Defina possui dimensões que variam de 2,8m em alguns trechos a 3,5m em outros, o que inviabilizaria, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a circulação em mão dupla: “O CTB determina que as vias de mão dupla deverão ter, no mínimo, 6,5m de largura. Sendo assim, qual lei, norma ou código menciona que moradores de uma determinada rua, avenida ou travessa podem, utilizando-se de um abaixo-assinado, requerer a mudança de trânsito”, questiona o engenheiro de segurança, usando como exemplo o trânsito de uma rua paralela. “A Doutor Zebral possui largura suficiente para o cruzamento de dois veículos, mas é mão única”, situa.
Gilberto Gonçalves defende, ainda, a realização de estudos técnicos dos impactos da circulação de veículos pela via, que possui apenas 200m, aproximadamente, de comprimento. “Será que o Departamento de Trânsito avaliou, de forma técnica, o reflexo do fluxo de veículos vindos de diferentes bairros, tais como Arcádia, Sagrado Coração de Jesus, Boa Vista, Morro da Mina e outros que circulam pela travessa Júlia Delfina como via alternativa? E os veículos que circulam vindos da Barão de Suassuí? De quem será responsabilidade quando ocorrerem acidentes ou incidentes na travessa Júlia Delfina e suas imediações, bem como os conflitos constantes entre motoristas registrados nessa via? Ressalto que a preocupação está pautada na segurança da coletividade”, frisou Gilberto Gonçalves, que pediu esclarecimentos e reavaliação da decisão de manter a via como mão única. “Conto com apoio do Departamento de Trânsito para que se façam, o mais breve possível, as devidas alterações na travessa Júlia Delfina, utilizando-se de critérios técnicos e visando à prevenção e segurança da população”, finaliza.

Moradores pedem mão única, mas em sentido inverso

Entre os moradores da travessa Júlia Delfina ouvidos por nossa equipe de reportagem, também há um consenso de que, pelas dimensões, a via não suporta mão dupla. Mas a mudança, da maneira como havia sido feita pela prefeitura, teria trazido mais transtornos que solução. Moradores dos números 81, 43 e 48, Aloísio da Conceição Cruz, Agnaldo Arlindo Gomes e Willian Gonçalves Ferreira, viveram dias complicados após a alteração no fluxo da via, feito no início de novembro: “Nessa rua não é possível fazer da forma que eles querem. Não temos condições de entrar com os carros na garagem. A gente só consegue entrar vindo de cima, da Barão de Suassuí, descendo a Júlia Delfina e entrando de ré pela garagem. Da forma como eles tinham feito, os veículos só subiam”, contam.
Para os moradores, uma mudança na Júlia Delfina exige alterações, também, na rua Doutor Zebral. “Pedimos ao prefeito para liberar a rua Doutor Zebral para mão dupla. Assim, vamos descer a Júlia Delfina e sair pela Dr. Zebral”, pontuam. Para Andrea Geralda Braga, o essencial é restabelecer o sentido único, para que haja condições de segurança: “Queremos mão única. Descendo ou subindo, não importa. O fato é que aqui não há condição para mão dupla. As dimensões da rua simplesmente não comportam. A gente escuta palavras grosseiras, de gente que se vê preso nessa rua estreita. Não dá para ficar assim”, reclama.

A Prefeitura responde

qEm atenção ao ofício enviado, o Departamento Municipal de Trânsito e Tráfego (DMTT) informou que recebeu a solicitação do morador e está providenciando uma análise para busca de uma solução definitiva para aquela via.

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