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Para evitar fiscalização, feirantes só poderão vender mercadorias de origem animal com o selo do SIM


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Jornal Correio
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Publicado em: 27/12/2019 - 09:46

É proibido comercializar produtos de origem animal na feira do Mercado do Produtor, no bairro Carijós (zona sudoeste) e nas ruas de Lafaiete sem o selo de garantia do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que regulamenta, controla, monitora e inspeciona as condições higiênico-sanitárias das mercadorias. Pelo me­nos é o que determina as novas regras do SIM, que já estão valendo em Lafaiete e região. Com isso, a maioria dos feirantes do Mercado Municipal do Produtor Professor José Augusto de Almeida estão sujeitos à fiscalização por parte da Vigilância Sanitária e de ter suas mercadorias apreendidas. O objetivo da ação é incentivar as pequenas empresas e os produtores a saírem da clandestinidade, transformando-os em empresários da área urbana e rural, de maneira a oferecer aos consumidores alimentos com qualidade e segurança garantida.
Cientes das dificuldades dos produtores, a Associação dos Municipios da Microrregião do Alto Paraopeba (Amalpa) e o Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap) promoveram reunião no sábado, 14 de dezembro, para explicar a eles as dúvidas em relação ao SIM e co­mo conseguir o selo de forma mais ágil, fácil e sem burocracia. No encontro, além do gestor e do presidente da Amalpa, participaram os diretores do Codap, feirantes e pequenos produtores da região de São Vicente, São Gonçalo, Almeidas e Carreiras. Du­rante a reunião, a tecnóloga em alimentos, Naiara Thais Barbosa, a convite da Amalpa, esclareceu que o SIM é regulador e mais ajuda do que atrapalha. Ele garante, segundo ela, a procedência e a qualidade do produto comercializado. "Sem ele, a mercadoria pode ser considerada clandestina e apreendida em futuras blitze da vigilância sanitária", explicou a profissional, argumentando que o selo é a garantia de que seu produto é de boa qualidade e tem origem confiável. Cabe ao SIM, por exemplo, controlar a qualidade dos produtos de origem animal (carnes, ovos, leite, mel e derivados), certificando através de seu selo os produtos que foram elaborados com a devida qualidade higiênico-sanitárias. Os feirantes, que estavam representados na reunião, por Paulo Bruno Pinto, do Va­rejão Que­luzito, disseram que a categoria está tentando se adequar às normas estabelecidas pelo SIM e que a venda desses produtos é o ganha pão dos trabalhadores. "Estamos cientes da nossa responsabilidade e preocupados com o futuro, já que praticamente todos os feirantes vendem produtos de origem animal na feira", afirmou Paulinho, que está tentando um tempo maior para os profissionais se regularizarem. Ele elogiou a iniciativa da Amalpa e disse que tem conversado pessoalmente com cada vendedor, de forma a orientá-lo para essa nova realidade. Paulo acha que, em breve, todos vão se adequar ao SIM.
O presidente da Amalpa e prefeito de Queluzito, Célio Pereira de Souza, juntamente com o secretário executivo, Claudionei Nunes, falaram da importância do selo para os produtores e, principalmente, para a comunidade. "É necessário que se faça o registro de todos aqueles estabelecimentos que abatem animais, produzem matéria-prima, manipule, beneficie, prepare, embale, transforme, envase, acondicione, deposite e industrialize produtos de origem animal e ainda aqueles produtores de alimentos vegetais in natura e minimamente processados", observou Célio Pereira, garantindo que a associação vai prestar todo o apoio aos produtores rurais para a obtenção desse selo, em parceria com o Codap.

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