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Com medo da Covid-19 e da falta de leitos, pescadores evitam ir para as barrancas dos rios


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Mauricio João Vieira Filho
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Publicado em: 05/05/2021 - 13:43

Os rios de Minas, como o Paracatu, no Norte do estado, estão simplesmente abarrotados de peixes

O agravamento da pandemia, o aumento do número de mortes e o colapso do sistema de saúde, com a consequente superlotação dos leitos de UTIs e clínicos em praticamente todas as cidades de Minas, fizeram com que a maioria dos pescadores de La­faiete desistissem de ir para as barrancas dos rios neste início de temporada de pesca. Se­gundo apurou a coluna, a maioria dos adeptos da pescaria de lambaris, curimbas, matrinxãs e piaus, espera pela segunda dose da vacina Coronavac para ir para a beira dos rios, principalmente os do Centro Oeste de MG, famosos por abrigar os grandes lambaris do rabo vermelho, assim como os piaus verdadeiros.

Essa situação compromete toda uma cadeia econômica da cidade, já que os pescadores são consumidores vorazes de apetrechos de pescas, iscas, massas, varas e caniços. Espera-se que, até maio, a maioria dos anzoleiros tenham recebido a segunda dose da vacina e, respeitando o distanciamento social e o uso de máscaras, possam retomar uma das atividades esportivas mais prazerosas do mundo: o ato de pescar e do contato a sós com a natureza.

Essa combinação, já bastante comprometida desde o ano passado, quando se iniciou a pandemia, deve ser flexibilizada em 2021 com a chegada da vacina aos pescadores de 50 e 60 anos, ou seja, a maioria dos que, vira e mexe, estão a anzolar nos rios São João, Indaiá, Veados, Lambari, São José, São Francisco, Paracatu, Porcos, Jorjão, Jorginho, entre muitos outros. Que a imunização chegue logo e que todos possam voltar a pescar de maneira saudável e tranquila.


P. de Souza
Repórter e pescador inveterado

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