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Após depor na CPI da Covid, gerente do Hospital de Campanha é exonerada


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Frances Elen
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Publicado em: 07/07/2021 - 12:35

 

A gerente do hospital de Campanha, Vivian, foi exonerada do seu cargo na terça-feira, 6 de julho. A informação foi repassada na Sessão Ordinária da Câmara, realizada pouco depois de uma coletiva de imprensa na qual os vereadores informaram sob a suspensão das oitivas na CPI da Covid. Na oportunidade, os legisladores alegaram que a presença da procuradoria durante os depoimentos poderia intimidar e interferir no andamento dos trabalhos, e que, por isso, não aceitariam sua presença no recinto.
Segundo informou o vereador João Paulo durante a palavra franca, Vivian foi uma das servidoras ouvidas pela comissão e, possivelmente, esse seria o motivo de sua demissão: “Ela foi chamada na sala da secretária de Saúde e secretária simplesmente falou: ‘Eu que nomeei. Agora estou te exonerando. O município não precisa mais dos seus serviços. A partir de hoje, você não pisa mais no Hospital de Campanha’”, destacou. O vereador ainda afirmou ter conversado com a ex-gerente e confirmado a informação. “Ela foi exonerada, porque ela veio depor na CPI. É por isso que a gente não quer o procurador dentro desta Casa e não vamos aceitar. É só por isso”, pontua.

Entenda o caso

Formada para apurar as denúncias de irregularidades na gestão da pandemia em Lafaiete, a CPI 02/2021 irá paralisar a coleta de depoimentos. A decisão foi comunicada durante uma coletiva de imprensa concedida na tarde de hoje (06/07), na Câmara, e chega como uma reação à decisão da juíza Celia Maria Andrade Freitas Correa. No dia 02, a magistrada acolheu o mandado de segurança impetrado pelo município contra a CPI e, por força de liminar, a comissão foi obrigada a autorizar a presença da procuradora durante todas oitivas - sob pena de poder se fazer presente no local com o apoio da polícia.
Na coletiva, o relator da CPI, vereador Fernando Bandeira (DEM), acompanhado do presidente da Comissão, André Menezes, leu um documento informando o posicionamento adotado pela CPI. Conforme argumentam, a decisão judicial que concede ao município o direito de acompanhar as sessões compromete as investigações, uma vez que muitas testemunhas ouvidas são servidores públicos. Por isso, a comissão não havia permitido que ninguém que não faça parte diretamente da CPI acompanhasse.
Diante da impossibilidade de barrar a presença da procuradoria no recinto, a comissão deliberou por suspender temporariamente as oitivas, até que a situação seja judicialmente. Ainda segundo o pronunciamento da CPI, os trabalhos continuam com análise de documentos.

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