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Amalpa entra na luta contra as drogas
Divulgação
Publicado em: 11/04/2012 - 21:02
Loureiro elogiou a iniciativa da Amalpa: “Esse assunto é muito importante; vejo famílias sofrendo muito. Nossas fronteiras são enormes; não fabricamos drogas; elas vêm de fora. A descriminalização do uso de drogas deixou o usuário muito à vontade, pois ele só assina um termo e é liberado. Em alguns casos, é encaminhado para internação, mas não temos muitos locais adequados para isso. Outro problema que enfrentamos é com leis brandas e com interpretações de leis, como a não obrigatoriedade do uso do bafômetro, por exemplo. A polícia quer atuar, mas não tem leis suficientes que permitam isso. No caso de Lafaiete, sua localização e a proximidade da BR 040 facilitam o tráfico”, considerou.
O delegado Raphael Couto afirmou que é preciso desabastecer o mercado: “As fronteiras estão fragilizadas. É dever da Polícia Federal combater o tráfico, e nós, das polícias Civil e Militar, temos que dar subsídios. Vejo o aumento do consumo de crack, gerando impactos na sociedade e aumento da criminalidade. O Estatuto da Criança e do Adolescente protege exageradamente os menores. Um menor pode matar, traficar e roubar, mas não pode ser preso”, argumentou.
O tenente pires defendeu a prevenção: “Temos de atacar o problema na raiz; se existe traficante, é porque tem muitos usuários. Temos que trabalhar com nossas crianças, para que elas não entrem nesse mundo. Projetos, como o Proerd e o Roda Moinho, podem tirar as crianças da ociosidade. Quando as crianças não estão na escola, podem ficar no projeto, praticar esportes”, ressaltou.
O presidente da Amalpa e prefeito de Senhora de Oliveira, Sebastião Araújo de Oliveira Sebastião, sugeriu que fosse elaborado um documento, a ser encaminhado para o governador Antônio Anastasia, solicitando apoio aos programas de combate às drogas, nos municípios do Alto Paraopeba. O prefeito de Lafaiete, José Milton, lembrou que, em 2011, foi criado o Conselho Municipal Antidrogas, para fiscalizar, desenvolver e planejar ações e programas para prevenção e combate às drogas, em Lafaiete. Ele também apontou iniciativas como o projeto “Meninos de Queluz”, a escola em tempo integral e o Centro de Atendimento Psicosocial (Caps), que oferece tratamento gratuito para dependentes de álcool e drogas.
O deputado Glaycon Franco revelou que pretende trazer, para Lafaiete, o programa “Aliança pela Vida”. Já o pastor Wellington Vieira, presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, defendeu esse tipo de iniciativa: “Nossa maior dificuldade é fazer com que as prefeituras reconheçam o serviço prestado pelas comunidades terapêuticas. O programa ‘Aliança pela Vida’, lançado pelo Governo de Minas, conta com unidade piloto, atendendo a famílias de baixa renda, que têm dependentes de álcool ou drogas. Elas recebem apoio de R$ 900 para tratamento e a internação dos dependentes químicos’, explicou.