25º
Cons. Lafaiete

Comunidade

Lafaiete irá comemorar o Dia das Violas de Queluz; evento começa neste domingo


Divulgação

Natália Coelho
[email protected]

Publicado em: 26/03/2022 - 14:00

 

Em comemoração ao Dia da Viola, 29 de março, a Secretaria de Cultura promoverá um encontro entre Davi Tavares e Valter Salgado (Semana da Viola), mestre e aluno na arte de fazer e tocar o queluziano instrumento. O evento acontecerá de 27 a 29 de março, no Solar Barão de Queluz, em Conselheiro Lafaiete.

Atualmente, as violas não são mais fabricadas em grande escala, mas, se transformaram em relíquias para colecionadores e desafio para resistentes apaixonados pela história deste instrumento, que, convivendo com este tema, o ano inteiro, encontram no mês de março motivos para a divulgação e a popularização da Viola de Queluz.    

Outro acontecimento importante é a criação do livro Violas e Violeiros de Queluz, organizado por Gracia Meireles. No livro, serão apresentados memórias e pesquisas, que apontam a identidade histórica de fábricas e fabricantes de violas da região.

Viola de Queluz

A Viola de Queluz é uma das identidades culturais mais importantes de Conselheiro Lafaiete. Reconhecida como Patrimônio Histórico Imaterial, sua origem remete ao período colonial e a história conta que o Imperador Dom Pedro II em 1881, ao passar pela cidade, ouviu uma apresentação do violeiro José de Souza Salgado. Quase 200 anos depois, a arte de ser violeiro é apresentada por fiéis adeptos, que mantêm viva a tradição de fazer e tocar o instrumento.

DAVI TAVARES  -   O LUTHIER 

Já se contam doze anos desde que Davi Tavares confeccionou o primeiro instrumento. Desta produção, existem 41 exemplares distribuídos entre colecionadores e amantes da sonoridade da viola caipira.  “A música é muito importante, seja ela em qualquer estilo, clássica, popular, sertaneja.  A música retrata a cultura de um povo”, relata Davi.  “Ser luthier envolve a vocação nata, o aprender com cada nova descoberta e o amor incondicional àquilo que se faz - quando a gente conserta, a gente aprende”,  completa o mestre sobre seus feitos.

Os detalhes da marchetaria nas obras de Davi Tavares, evidenciam o modo original de fazer as Violas de Queluz, sendo ele, um dos poucos representantes desta   arte nos tempos atuais no município.

 

VALTER SALGADO -  O APRENDIZ

Para  contar  a história da Viola de Queluz é preciso mencionar a família Salgado, que segundo a história, foi  uma das que mais promoveram a  musicalidade  deste  instrumento, bem como, a arte  de confeccioná-lo. Valter Salgado - Valtinho, como  é  conhecido  -  é  carnavalesco,  escritor e acrescenta  agora  em seu currículo, o aprendizado de se fabricar a Viola de Queluz.  A investida no ramo,  aproximou  dois  grandes  conhecidos: “Já conheço Davi há muitos anos e quando trouxe a minha primeira viola para ele dar nota, meu mestre me chamou atenção aos detalhes, ao cuidado que é preciso para se fazer o instrumento”, resumiu  Valtinho sobre a experiência de ser aluno de luthier. “A minha vontade e acredito que a do Davi, é de que a  cidade possa ter  uma  lutheria.  Que os jovens possam ter interesse em aprender como fazer um instrumento”.   

 

Arquivo

Mais notícias

Vídeos