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Atenção pescadores: o rio Pará e seus afluentes estão contaminados


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Natália Coelho
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Publicado em: 28/05/2023 - 08:20

 

Reportagem do Jornal Estado de Minas do último domingo, dia 7, mostrou a situação de calamidade do quarto maior afluente do Velho Chico, em Minas, o importante rio Pará, que nasce em Resende Costa, perto de Lagoa Dou­rada, e deságua no São Fran­cisco, entre Martinho Campos e Pompéu.

Essa potência natural agora pede socorro e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará (CBH Rio Pará) começou, nesta semana, uma expedição para lutar pela sua conservação resgatando o sentimento de pertencimento entre a população e o manancial tendo como mote: "Esse rio é meu".

Nos 365 quilômetros de extensão da nascente à foz, a qualidade e a quantidade de água são problemas que afligem a população de 900 mil habitantes, 463 mil só na calha principal, sem contar os afluentes. De acordo com o Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do segundo semestre de 2022, das seis estações de monitoramento instaladas no manancial, três extrapolam o nível mais crítico de tolerância a poluentes da legislação brasileira, sendo que todos os postos de medição apresentaram parâmetros dentro do pior patamar aceito.

Metais pesados e tóxicos que envenenam lentamente as águas, as pessoas e o meio ambiente. A poluição dos afluentes do Rio Pará ultrapassa velhas práticas de despejo de esgoto familiar ainda na zona de “inocência e tradição”. O entendimento de que o manancial seja a soma dos afluentes da bacia – apesar de ter também nascentes próprias –, no caso do Rio Pará indica severo envenenamento por atividades industriais. De acordo com o Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) feito no segundo semestre de 2022, foram encontradas violações de parâmetros para concentrações nocivas de alumínio, chumbo, cianeto e fenóis, além de esgoto.

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