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Chuvas trazem “fantasma da dengue”
Divulgação
Publicado em: 03/10/2012 - 21:31
Algumas ações simples podem evitar a proliferação da doença, entre elas: manter as caixas d’água tampadas, não deixar pneus a céu aberto, colocar areia nos pratinhos de plantas e não deixar nenhum recipiente a céu aberto, que possa servir de coletor e acumulador de água da chuva.
A preocupação se justifica: é importante que Lafaiete repita os bons resultados de anos anteriores, na luta contra a dengue. A cidade teve o menor índice de infestação, há pouco menos de três meses. A marca de 0,1 %, no Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa), que monitora a proliferação do mosquito transmissor da doença, foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o sucesso deve-se a ações como mutirões de limpeza em diversos bairros, colocações das armadilhas em pontos estratégicos, detectados através do Monitoramento Inteligente Dengue e campanhas de conscientização.
Na semana passada, o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, e a secretária adjunta de Educação, Maria Sueli Pires, lançaram, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, o kit Deu a louca no mundo da fantasia. O objetivo é conscientizar as crianças sobre o perigo da dengue. Assim, o governo pretende fortalecer a mobilização contra a doença, junto aos alunos Rede Pública de Ensino. De acordo com o secretário, o Programa de Ação Permanente da Dengue tem tido sucesso na redução dos casos da doença.
Novidades no combate à doença
Uma nova estratégia de pesquisa para o controle da dengue foi apresentada, durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical, no Rio de Janeiro. O projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil” integra o programa internacional “Eliminar a Dengue: Nosso Desafio”, e traz uma abordagem nova e natural para o controle da doença. O procedimento está em fase de testes na Austrália, Vietnã, Indonésia e agora chega ao Brasil. A intenção é cessar a transmissão do vírus da dengue pelo Aedes aegypti, a partir da introdução da bactéria Wolbachia – que é natural e encontrada em insetos – nas populações locais de mosquitos.
Os cientistas demonstraram em laboratório que, quando a bactéria Wolbachia é introduzida no Aedes aegypti, atua como uma ‘vacina’ para o mosquito, bloqueando a multiplicação do vírus dentro do inseto. Como consequência, a transmissão da doença é impedida. Se a pesquisa tiver sucesso, poderá beneficiar um número estimado de 2,5 bilhões de pessoas – ou seja, dois quintos da população mundial, que atualmente vivem em áreas de transmissão da doença. O método poderá reduzir ainda - de forma significativa - a dependência em relação aos métodos convencionais de controle do mosquito, como o uso de inseticidas. Atualmente, cerca de 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, o projeto conta com financiamento da Fiocruz, Ministério da Saúde (através da Secretaria de Vigilância em Saúde) e Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq) e Foundation for the National Institutes of Health, com recursos da ‘Grand Challenges in Global Health Initiative’ da Bill & Melinda Gates Foundation (Estados Unidos).