Em Lafaiete, a média de três dos quatro educandários da rede particular participantes superou a média nacional para a categoria, que este atingiu os 561 pontos. O destaque ficou por conta do Colégio Nossa Senhora de Nazaré, que com a média geral de 612,47 ficou em primeiro lugar na região. Logo depois, vieram o Colégio Queluz de Minas (578,67) e Colégio Potência (578,13). Já o Colégio Santa Rita (Fasar) 546,95. Entre as escolas públicas, o melhor desempenho foi da escola estadual Narciso de Queirós, que com 530,25 ficou em 5° em nível estadual e 10° na região, bem acima da média nacional para as escolas públicas, que foi de 519 pontos. A municipal Napoleão Reis (525,05) foi a 6ª na cidade e 17ª na região. A outra escola estadual participante foi a Geraldo Bittencourt.

Em um panorama geral, Lafaiete é a primeira da região, mas são as cidades de Congonhas (Ifet MG Campus Congonhas e C. Educ. Tec. Gal Ed. M S Silva) e Ouro Branco (Colégio Arquidiocesano de Ouro Branco e Colégio Batista Mineiro) que colocaram, cada uma, dois educandários entre os cinco primeiros colocados. Lafaiete volta a parecer na sexta (Queluz de Minas) e sétima posição (Colégio Potência). Ouro Branco (Col. Pio XII Coopped Unidade II) e Congonhas (Colégio Nossa Sra. da Piedade) se revezam na oitava e na nona posição. Lafaiete reaparece na 10ª, com o colégio Fasar. A última na pontuação regional é a escola estadual Gustavo Augusto da Silva, de Catas Alta das Noruega.

Quem acompanha as matérias divulgadas pelo Jornal CORREIO sobre o assunto, com certeza, percebeu que houve mudanças na divulgação dos resultados. Isso porque, pelo segundo ano consecutivo, o MEC alterou a forma de divulgação do resultado do Enem. Neste ano, só aparecem na lista as escolas em que mais da metade dos alunos do 3° ano fizeram o exame. Os números, disponíveis no site da instituição, mostram os resultados de 10.076 estabelecimentos, correspondendo a 40,56% do universo brasileiro do ensino médio. O critério para a seleção das escolas foi o de participação no Enem – ao menos 50% dos alunos devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio – e o número de estudantes concluintes do segundo grau (mínimo de 10 alunos). Um total de 13.581 escolas ficaram de fora por não terem tido 50% de taxa de participação. Por esta razão, não constam na lista a cidades de Capela Nova, Caranaíba, Cristiano Otoni, Desterro de Entre Rios, Itaverava, Jeceaba, Lamim, Queluzito e Santana dos Montes. As escolas podem consultar as suas notas no sistema do Inep.

Outro ponto importante é que a média geral considera apenas as provas objetivas, sem levar em conta a redação. No ano passado, a composição da média incluía a redação e todas as escolas tinham a nota divulgada, com o respectivo porcentual de participação. E são exatamente essas mudanças no formato que impedem algumas comparações de desempenho em 2011 com os anos anteriores. Para definir o ranking das escolas, foi utilizada a nota correspondente à média das quatro provas objetivas - ciências da natureza, linguagens, matemática e ciências humanas. A nota da redação não foi incluída na média divulgada. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, explicou que a mudança na metodologia teve o objetivo de se obter dados mais justos: "As provas objetivas das quatro áreas – Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, e Matemática – são corrigidas pela Teoria da Resposta ao Item (TRI), enquanto a redação tem outro tipo de correção”, explicou.

Criado em 1998 para avaliar os estudantes do ensino médio, o Enem foi transformado em vestibular em 2009 e seleciona os alunos na maioria das instituições federais de ensino superior. No último ano, os inscritos no Enem disputaram 108,5 mil vagas em 95 universidades. Entre as dez melhores escolas colocadas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2011, quatro são mineiras - três particulares e uma da rede pública (federal).