Mais Lidas
Leia Mais
Emprego e Renda jogam para baixo qualidade de vida na região
Divulgação
Publicado em: 12/12/2012 - 13:51
Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento - Emprego & Renda, Educação e Saúde - e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
Em um panorama estadual, 80% dos municípios (681 de 851) do estado de Minas Gerais apresentaram índices superiores a 0,6 pontos, ou seja, têm desenvolvimento de moderado a alto. Seis cidades ficaram entre os Top 100 do país: Extrema, Uberlândia, Nova Lima, Belo Horizonte, Ipatinga e Pouso Alegre. O IFDM do estado avançou entre 2009 e 2010, passando de 0,7928 para 0,8197 pontos (+3,4%), saindo da classificação geral de moderado para alto, e mantendo a 5ª posição no ranking nacional.
No IFDM consolidado, a região seguiu a tendência do estado: Congonhas (0,8489) e Ouro Branco (0,8063) se enquadraram no nível de desenvolvimento alto. A grande maioria, 15 cidades, enquadra-se no índice Moderado: Jeceaba (0,7911), Lafaiete (0,7838), São Brás (0,6963), Capela Nova (0,6461), Queluzito (0,6653), Caranaíba (0,659), Casa Grande (0,655), Lamim (0,6412), Entre Rios de Minas (0,6383, Piranga (0,6335), Senhora de Oliveira (0,6312), Rio Espera (0,6156), Catas Altas da Noruega (0,605), Santana dos Montes (0,6049) e Desterro de Entre Rios (0,6016). Cristiano Otoni (0,5857) e Itaverava (0,5475) tiveram o índice regular.
Por mais estranho que possa parecer, a saúde – uma das áreas consideradas mais problemáticas na região, pela demora pelas consultas e tratamento especializado e pela falta de médicos e leitos de CTI – foi bem avaliada no índice: Congonhas e Ouro Branco obtiveram o índice de desenvolvimento alto para este indicador. Já os demais 17 municípios obtiveram crescimento moderado. No indicador Educação, o desempenho regional variou entre Moderado e Alto.
Emprego e Renda comprometem bom desempenho
O indicador que continua puxando a região para baixo – e que foi determinante para a classificação geral em todo país – foi exatamente o Emprego e Renda: somente Congonhas (0,8507) e Jeceaba (0,8695) alcançaram o índice de desenvolvimento Alto e Ouro Branco (0,7136) e Lafaiete (0,6938) alcançaram o índice moderado, mas a maioria esmagadora da região (73,7%) obtiveram resultados preocupantes: Capela Nova (0,4099) e Queluzito (0,4014), com índice Regular e os outros 13 se enquadram na faixa de Baixo desenvolvimento: Itaverava (0,1428), Desterro de Entre Rios (0,2066), Cristiano Otoni (0,2594), Casa Grande (0,2774), Santana dos Montes (0,2795), Senhora de Oliveira (0,2901), Lamim (0,2943), Catas Altas da Noruega (0,3047), Entre Rios de Minas (0,31), Piranga (0,3476), São Brás do Suaçuí (0,3658), Caranaíba (0,3702), Rio Espera (0,3888).
E esse baixo crescimento refletiu, diretamente, nas posições ocupadas pelos municípios da região no ranking estadual. Nove entre os 19 municípios pesquisados registraram queda no IFDM: São Brás, Caranaíba, Casa Grande, Entre Rios de Minas, Senhora de Oliveira, Catas Altas da Noruega, Desterro de Entre Rios, Cristiano Otoni e Itaverava. No caso de São Brás, por exemplo, o retrocesso foi grande: o município despencou da 6ª colocação estadual para a 228ª. Mas ela não está sozinha na esteira dos resultados negativos: Casa Grande foi da 338ª para a 418ª colocação (-80). Entre Rios, da 253ª para 498ª posição (-245), Senhora de Oliveira, de 131ª para 538ª (-407), Cristiano Otoni 298ª para 723ª (-425) e Itaverava 699ª para 813ª (-114). Lafaiete caiu 15 posições, e foi do 30° para o 45° lugar no ranking estadual. Em nível nacional, o município ocupa a modesta 456ª posição.
Os melhores de Minas
Entre os 10 maiores IFDMs mineiros, quatro passaram a integrar a lista em 2010: Nova Lima, que cresceu 8,2% e subiu da 14ª para a 3ª posição; Ipatinga, que variou 6,6% e alcançou a 5ª colocação; Congonhas, que cresceu 9% e subiu vinte posições e, por fim, Itajubá, que, com variação de 5,1%, subiu da 16ª para a 9ª colocação. Todos eles galgaram posições por bons desempenhos na vertente Emprego & Renda, sendo que Nova Lima também foi influenciada pela melhora na área Saúde. Todos da lista Top10 registraram alto desenvolvimento na nota consolidada do IFDM (pontuação acima de 0,8 pontos). Integram ainda o grupo os municípios Extrema; Uberlândia; Belo Horizonte; Pouso Alegre; Betim e Lavras.
Na outra ponta do ranking mineiro, seis dos dez últimos colocados de 2009 permaneceram em 2010, apenas trocando posições: São José do Jacuri, Santa Helena de Minas e Setubinha mantiveram suas colocações (844ª, 848ª e 849ª pela ordem). Bonito de Minas caiu da 842ª para 847ª colocação, enquanto São João das Missões e Bertópolis ficaram com as duas ultimas colocações do estado. Entre os quatro novos integrantes da parte inferior do ranking mineiro, Rio Vermelho, Cristália e Jenipapo de Minas registraram quedas significativas no IFDM Emprego & Renda, o que ocorreu com Urucuia na vertente Saúde.