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Cons. Lafaiete

Avelina Noronha lança livro em janeiro


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Publicado em: 18/01/2013 - 17:02

Pepitas da Memória

Ora garimpando fatos, ora iluminando hipóteses, a bateia de Avelina Noronha traz luz a registros, conhecimentos e informações – alguns po­uco correntes. Destacam-se, entre os temas, a real localização da primitiva matriz de Nossa Se­nhora da Conceição, a memória dos índios carijós, sua possível descendência céltica e a diáspora desses nossos ancestrais da A­mazônia até o Campo Alegre. Fatos relacionando Lafaiete a eventos de importância nacional e internacional, como a Segunda Guerra Mundial, a Gripe Es­panhola e a ereção do Cristo Redentor no Rio de Janeiro completam esse painel multifacetado da literatura lafaietense tão bem representada por Avelina Noronha. Nesse livro, o leitor é convidado a viajar por 351 páginas e muitas compilações que gravitam entre o documental e a tradição oral.
O livro “Garimpando no Arquivo Jair No­ro­nha” tem prefácio assinado pelo escritor Ângelo Oswaldo de Araújo Santos e a edição a cargo da Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma). Com a pu­blicação dessa obra, Avelina Noronha completa, ao lado de Antônio Perdigão e Allex Milagre  o delta da historiografia lafaietense.

Lesma completa trilogia

Após a publicação de vários livros (locais e regionais), a Lesma Editores atinge um ciclo inédito na sua própria bibliografia. Sendo responsável em 2007 pela publicação do livro “De Villa Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete”, do mu­seólogo Antônio Perdigão, a editora deu início à trilogia histórica e acerto de contas com a memória de Conselheiro Lafaiete, cidade-polo. O se­gundo livro da série é “Lafayette Rodrigues Pe­reira, um ilustre queluzense”, do jornalista e historiador Allex Milagre. Essa obra foi a primeira versando sobre o patrono do município. Ambos es­gotados à espera da segunda edição. O livro de Avelina Noronha “Garimpando no Arquivo Jair No­ronha” cristaliza esse momento especial. Os que vivem em Conselheiro Lafaiete sabem da re­levância desses três escritores. Entre memórias e fatos, Avelina fecha triunfalmente uma  epopéia de muitos atores e persistência sem fim. Uma honra para a cidade de Conselheiro Lafaiete e pa­ra nossa editora.

Quem é Avelina Noronha

Avelina Maria Noronha de Almeida nasceu em Conselheiro Lafaiete, onde reside, a 13 de no­vembro de 1934, filha de Jair Noronha e Maria Augusta Noronha. Fez todos os seus estudos no Colégio Nossa Senhora de Nazaré. Le­ci­o­nou nas es­colas estaduais “Inconfidência”, a­tu­al “Maria Augusta Noronha”, “Pacífico Vieira”, “Narciso de Queirós, Colégio “Nossa Se­­nhora de Nazaré” e Colégio “Monsenhor Hor­ta”. Faz parte da A­cademia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG), na qual representa Conselheiro Lafaiete; da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (ACL/CL), do Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG), da União Bra­sileira de Trovadores (seção de Con­selheiro La­faiete), da Associação La­fa­ietense dos Amigos da Cultura e de academias culturais de vários estados.
Idealizou o “Movimento Caravelas”, adotado pela ACL/CL, que defende a criação da disciplina Literatura Mineira no currículo estadual;  organizou a antologia “Poetas Queluzianos e La­faietenses” e a “Agenda Santo Antônio de Que­luz”. Participou de várias antologias de outros estados e de todas as edições da antologia “La­faiete em Prosa e Verso”. É autora da letra de vá­rios hinos, entre eles: Hino Oficial do Colégio “Nos­sa Senhora de Nazaré”, Hino Jubilar de Monsenhor João Batista Gomes Neto, Hino a Nossa Senhora da Conceição, Hino da Sociedade Mu­sical “Nossa Senhora das Graças e hinos das seguintes escolas: Escola Estadual “Maria Au­gusta Noronha”, Escola Municipal “Jair No­ro­nha”, Escola Municipal “Júlia Miranda No­gueira” e do CESEC de Conselheiro Lafaiete.
Atualmente, escreve nos jornais Correio de Minas e Correio da Cidade, de Conselheiro La­faiete.

Quem é Jair Noronha

O escritor, jornalista, arquivista, tipógrafo, funcionário público, esportista, filatelista e poeta Jair Noronha nasceu em 26 de novembro de 1901 em Conselheiro Lafaiete, quando a cidade se chamava Queluz. Era filho de Domiciano Euzébio de Noronha e de Jovelina de Almeida Noronha. Ca­sado com Maria Augusta Zebral, eles tiveram u­ma filha, Avelina.
Fundou o “Abrolho – Pasquim Hypothetico e Sufflagrante”, semanário que circulou em 1922, di­vertindo os leitores com suas sátiras e brincadeiras. Escreveu em outros jornais da cidade, mantendo, por bastante tempo, uma coluna poético-satírica no “Correio da Semana”. Iniciando-se no serviço público, foi pessoa de muita confiança de José e de Francisco Albuquerque. Em maio de 1927, foi nomeado guarda livro e amanuense pelo então Presidente da Câmara José Corrêa de Figueiredo. Trabalhou na Prefeitura como secretário e no setor estatístico. Em janeiro de 1947, assumiu interinamente, por 7 dias, o cargo de Prefeito Municipal, entre as gestões de Sebastião Virgílio Ferreira e Antônio Bandeira Furtado de Mendonça, e por largo período auxiliou nos serviços de Secretaria da Câmara Municipal.
Foi Inspetor Federal junto à Faculdade de Comércio de Conselheiro Lafaiete, ao Colégio Estadual “Narciso de Queirós”, ao Colégio “Monsenhor Horta” e ao Colégio “Nossa Se­nhora de Nazaré”. Durante a Segunda Guerra Mundial,  coordenou o Esforço de Guerra e a­com­­­­panhou as famílias dos Expedicionários, levando notícias, mostrando solidariedade na­que­les momentos difíceis por que passavam e auxiliando-as no que fosse necessário.
Jair Noronha teve seu nome dado a uma rua do bairro Santo Antônio, a uma escola municipal do bairro Moinhos, à Sala de Química do Colégio Estadual “Narciso de Queirós”, à Sala de Pesquisa do Museu Perdigão e à Sala de Professores do Colégio “Nazaré”.
É patrono da cadeira nº 1 da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette. Em 7 de março de 1965, a morte o apanhou em plena atividade de reconstituição da história do Município, após uma vida rica de feitos, sempre pronto a ajudar o seu semelhante e a valorizar a sua terra.

 

O jornalista e pesquisador JairNoronha, pai e fonte de inspiração para a autora


 

Esforço de guerra do Grupo Escolar Pacífico Vieira; ao centro a
professora Virginia; à direita da professora, Marina Biagioni e Terezinha d’Allencourt; à esquerda, Araken Santiago e Zilá Andrade


 

Óleo sobre tela de J. P. Brito – Conselheiro Lafaiete em 1941, obra que pode ser vista
na Biblioteca Museu Antônio Perdigão



 

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