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Moradores do bairro Satélite pedem socorro


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Publicado em: 08/01/2014 - 18:11

 

A dona de casa, Norma Regina dos Santos Meireles, 62 anos, mora na rua há 11 anos e luta para conseguir melhorias: “Nós não temos saneamento básico. Usamos fossas sépticas, sem condições. As ruas estão em péssimas condições e, quando chove, fica intransitável. Estamos esquecidos, abandonados. A minha via ainda está asfaltada, porque meu filho implorou. Do número 230 adiante, a rua não é calçada. A situação das pessoas que moram lá é ainda pior. A iluminação é precária, tem o poste, mas não tem o braço. Já pedimos a Prefeitura, mas nada foi resolvido”, relatou Norma.
De acordo com os entrevistados, a Copasa informou que, para fazer a rede de esgoto, cada morador teria que pagar o valor de R$ 4 mil. Um abaixo-assinado foi enviado ao Ministério Público para viabilizar essa implantação, como explicou o vigilante Antônio Francisco do Nascimento, de 47 anos: “Enviamos as assinaturas para o Ministério Público nos ajudar nessa situação. O promotor enviou um ofício à Copasa e todos aqueles que estão na lista teriam que ir até lá para conversar com os responsáveis. Nos informaram que teríamos que pagar para ter a rede de esgoto. O serviço é caro, não somos obrigados a pagar nada. Me falaram que teria que pagar R$ 4 mil. Já para vizinha pediram R$ 5 mil. É uma falta de respeito com a gente. Nesta rua está faltando tudo e ninguém que saber do nosso problema”, desabafou.
Os moradores adquiriram os lotes de uma empresa de Belo Horizonte e não conseguem contato com o empreendedor, que vendeu o terreno sem o mínimo de infraestrutura. As pessoas que moram na parte da rua que não é asfaltada enfrentam mais dificuldades. Quando chove, os moradores ficam isolados. O mecânico Paulo Sérgio Vieira, de 24 anos, sofreu um acidente, usa muletas, tem dificuldades de locomoção e sofre na pele essa situação: “Sofri um acidente de moto e fiquei com problemas de locomoção. A situação aqui é péssima, estamos esquecidos. Quando chove, não saio de casa. Conto com ajuda de vocês da imprensa para nos ajudarem”, finalizou. O vigilante patrimonial, Wanderlúcio José dos Santos, de 35 anos, também fez suas considerações: “O Poder Público Municipal se esqueceu de nós. Essa rua está em péssimas condições: não temos infraestrutura, não temos nada. Peço a Deus que ninguém adoeça para não ter que sair às pressas, porque carro não passa aqui. Coleta de lixo também não temos”, lamentou.

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